Por que sofremos?

Por Francisco Ometto | 01/02/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Você conhece alguém que reclama muito da vida ou que está sofrendo por algum amor não correspondido? Tem contato com pessoas que já se tornaram desagradáveis por serem tão pessimistas, negativas ou desanimadas? O muro das lamentações ganha cada vez mais espaço. Parece até que algumas pessoas têm prazer em ter problema e, sem perceber, criam uma espécie de “disputa” quando desabafam. Já estão virando clichês frases como: “Depende de como você enxerga o problema”, ou: “O copo pode estar meio cheio ou meio vazio”. Fácil falar, né? Sim! Mas praticar é escolha! Então, vou te contar um segredo em forma de pergunta: você escolhe reclamar ou agir?

Por exemplo, se você não faz o que ama (em qualquer âmbito da sua vida), o desastre é certo – a curto, médio ou longo prazo. E não adianta reclamar, tem que agir! Amar o que se faz é estar conectado com sua essência, ou seja, ter prazer pela própria vida (e isso só se consegue com autoconhecimento). Frases de efeito e especialistas temos aos montes, entretanto, é preciso entender que vivemos num universo heterogêneo e o que serve para determinada pessoa, pode não servir para outras. Portanto, caro leitor, não se espante, pois especialistas podem levar pessoas ao sucesso ou ao fracasso!

Para o sofrimento ou para a angústia, pratique a ferramenta do “duvidar e criticar”. Não aceite o que o “mundo” manda você aceitar, a não ser que realmente esteja alinhado com sua essência. Não somos estáticos. Nada é. A vida é dinâmica mas, se você cria ou aceita códigos destrutivos na sua mente durante sua vida, são eles que vão regê-la…

“Não sei mais o que fazer com meu filho”. Quantos pais preferem reclamar dos filhos, mas não refletem se a causa não está neles mesmos ou na história que construíram até aqui com os filhos… Quantos filhos chegam aos extremos da falta de disciplina, respeito e educação em sala de aula e os pais preferem reclamar e condenar escolas, professores, mas não conseguem entender a diferença entre educação e escolarização, e, o pior, não conseguem entender também que o que ocorre pode ser consequência da falta de limites, de afeto, de amor; deles mesmos, os pais.

“Tenho visto as pessoas tornarem-se frequentemente neuróticas quando se contentam com respostas erradas ou inadequadas para as questões da vida. Elas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo ou dinheiro, e continuam infelizes e neuróticas mesmo depois de terem alcançado aquilo que tinham buscado. Essas pessoas encontram-se em geral confinadas a horizontes espirituais muito limitados. Sua vida não tem conteúdo ou significado suficientes. Se tem condições para ampliar e desenvolver personalidades mais abrangentes, sua neurose costuma desaparecer”. (Jung).

Sofrimento, angústia, fazem parte. Entenda. Aceite, mas evolua. A vida é uma dança. Quando uma porta se fecha, outra se abre. Quando um caminho termina, outro começa. Tudo o que chega é bom, mas tudo o que parte, também. Dance-a como ela se apresentar, sem resistir, sem se apegar. É impossível ferir alguém sem ser ferido também. Estamos aqui neste Universo para transformá-lo, mas precisamos ter a sabedoria de entender que nem todos estão no mesmo nível de evolução, portanto, a compaixão, o perdão e a gratidão nos fazem seres humanos de alto nível e isso sim nos coloca no caminho da felicidade.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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