Entendendo a ansiedade

Por Francisco Ometto | 25/01/2020 | Tempo de leitura: 3 min

A ansiedade é um sentimento comum aos seres humanos. Desde nossa infância nos sentimos ansiosos antes de um desafio, uma situação peculiar ou fatos que ainda não aconteceram e geram algum tipo de expectativa. Entretanto, quando essa ansiedade começa a nos prejudicar em nossas tarefas ou em nosso bem-estar ou toma proporções maiores, como afetar o corpo, oferecendo vários sintomas, como palpitações, tontura, falta de ar, enjoos, é preciso buscar ajuda profissional. E, se esse quadro já atrapalha a vida social das pessoas, imagine a potencialização deles, ou seja, a cada vez mais famosa “síndrome do pânico”, onde a pessoa sofre com a intensidade da ansiedade… Vale lembrar que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo.

Quantos empresários perdem ou estragam excelentes colaboradores por serem ansiosos, ávidos por resultados rápidos, não percebendo que ao mesmo tempo estão atropelando um processo que poderia ser bem melhor aproveitado com planejamento - palavra mágica que no mundo dos negócios faz toda a diferença. Quantos jogam fora momentos lindos numa viagem, por exemplo, por ficarem o tempo todo conferindo a quilometragem ou contando o tempo que falta para chegar ao destino.

Momentos mágicos do presente são “trocados” por momentos incertos do futuro. Cenas ao vivo perdem espaço para o digital. Estamos enviando o presente do presente para o futuro.

Meu caro leitor, você já entendeu o contexto dessa mensagem, mas, como sempre, te convido a ir além! Há muita gente “aprisionada” ao passado, ao “superficial” ou ao planejamento “doentio” do futuro. Há ainda outras pessoas (no presente) perdendo suas identidades para falsos heróis, ou para a própria ignorância (em amplo sentido). E há também aqueles que, ao chegar ao final de suas vidas, não tem uma história de conteúdo para contar, porque não se preocuparam com o que realmente é relevante na “viagem” e se venderam às ilusões e superficialidades que ela sutilmente ofereceu ao longo do caminho…

Relevante é o que agrega. De tudo o que você receber, saiba extrair o que (realmente) te ajuda a evoluir. O restante, simplesmente mande para a lixeira, lembrando que autoconhecimento é condição “sine qua non” para isso. A verdade absoluta das pessoas, na maioria das vezes, só aparece no momento da dor ou na ameaça da perda! E é preciso ser humilde para entender essa incontestável e real sabedoria, agindo antes e enquanto há tempo, retirando as vendas da pobreza espiritual, do orgulho fantasioso e da inteligência utópica.

A viagem em si é o que vale a pena e traz sentido.

“Aprecie também o processo e não só o prazer em alcançar o objetivo".

Os maiores artistas não ficaram famosos porque acordavam todas as manhãs arrancando os cabelos pensando em como eles poderiam se tornar artistas famosos. Nem focaram o irrelevante ou o defeito irrelevante nas pessoas ou no mundo: focaram os acertos delas (que sempre existem) e foram proativos! Dessa maneira viraram grandes artistas; com mais um pequeno detalhe: acordavam todas as manhãs e amavam pintar suas obras-primas.

“Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela”. (Albert Einstein).

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.