Ainda com o espoucar dos fogos de artifício nos ouvidos, não sabendo bem se estávamos comemorando o fim de 2019 ou se o ruído fosse de explosões das pedreiras políticas que tentam bloquear as estradas do nosso progresso, para podermos trafegar novamente no caminho certo do futuro.
Só sabemos que após estes estrondos, talvez possamos ainda ouvir frases de esperanças de um povo desejoso por um horizonte no seu caminhar.
Depois que Papai Noel na sua peregrinação pelos dias 25 plantando alegrias nas crianças, ao falar da sua existência aos adultos incrédulos, entendamos que nele não havia hipocrisia e nem “Fake News” porque a força da crença invade toda ignorância humana abrindo as portas do imponderável no mundo da imaginação.
Naqueles momentos estouravam todas as champanhes e suas espumas atingiam as alturas com suas bolhas brancas, amarelas, azuis, vermelhas, verdes, formando uma nova galáxia de desejos para reunir forças ao enfrentar as adversidades criadas em outros céus, educativos, sociais, administrativos, econômicos e psicológicos da existência humana.
É 32 de dezembro ou 1º de Janeiro de 2020, marco final de uma década.
Da mesma forma no mundo da realidade, fecham se as portas de hospitais; o desemprego continua vencendo as batalhas contra a falta de criatividade no esforço da transição dos serviços que são substituídos por máquinas; o ensino continua no desespero a procura de como ter sucesso na transmissão da sabedoria; as queimadas continuam a destruir os bens naturais do que depende nossa existência; a poluição não consegue ser diminuída graças a estupidez de não cumprirmos as regras para isso; as propostas das mudanças não se dão as mãos para soluções duradouras; as crenças fazem nascer mais desentendimentos pela polarização tornando mais fácil a propagação do ódio, com o surgimento da violência; as doenças nos agridem com suas novidades, deixando-nos sem rumo quanto à saúde.
Não está faltando motivos para nos “mandarem para o espaço” para fugirmos de tais situações, mas acredito que as dificuldades financeiras para tais projetos inviabilizam esse desejo.
Todos repetem que o tempo está passando muito depressa e é por isso que resolvemos aumentar o calendário para 32 de dezembro, mas o tempo é inexorável e não vai se importar com essa tentativa.
Que assim seja e que 2020 possa nos encontrar com mais vitalidade para que as soluções sejam satisfatórias porque a história terá que ser escrita mas que seja com a felicidade do ser humano.