Filipe Rosa

Confiança é bom, mas sem excessos

Por Filipe Rosa, sócio da Capitólio Investimentos e fundador da ComCiência Educacional @sejacomciencia |
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Devemos sim ter confiança em nós mesmos, “botar fé no nosso taco”, mas cuidado! Isso não pode ser tão forte a ponto de superestimar nossa própria capacidade de modo a causar “cegueira” e subestimar a capacidade dos outros. Nunca saberemos tudo sobre tudo.

A Confiança em Excesso se torna um viés comportamental perigoso quando não conseguimos enxergar nossas próprias limitações. Isso leva o indivíduo a acreditar que possui uma capacidade de julgamento e decisão maior que a de todas as outras pessoas. Um exemplo clássico é quando a pessoa obtém bons resultados em um simulador, por exemplo de investimentos, e acredita que também obterá bons resultados na vida real.

O Excesso de Confiança foi um viés cognitivo fundamental no desenvolvimento da raça humana e pode ser positivo inclusive para nossa autoestima. No entanto, quando falamos sobre investimentos (e diversas outras áreas de conhecimento) é muito importante manter a neutralidade do raciocínio e buscar outras fontes de informação. Enxergar incongruências entre o que pensamos e o que os outros pensam é a fonte primária de uma decisão de sucesso.

Nas palavras do grande filósofo e economista austríaco, Friedrich August von Hayek: “A civilização se funda no fato de nos beneficiarmos todos de conhecimento que não possuímos. E uma das maneiras porque a civilização nos ajuda a superar esse limite da extensão do conhecimento individual é a subjugação da ignorância, não mediante a aquisição de mais conhecimento, mas mediante a utilização do conhecimento que está e permanece amplamente disperso entre os indivíduos.”

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