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Figuras inspiradoras falam sobre protagonismo em evento 'Mulheres em Movimento', em São José

Por Thais Perez |
| Tempo de leitura: 2 min
Empreendedorismo feminino: OVALE reúne mulheres da região para grande troca de experiências
Empreendedorismo feminino: OVALE reúne mulheres da região para grande troca de experiências

Com o objetivo de promover o protagonismo feminino na sociedade, OVALE promove nesta terça-feira (5) o evento 'Mulheres em Movimento' no Teatro Colinas em São José dos Campos. Reunindo mulheres da região para troca de ideias e experiências para propor soluções para problemas coletivos, o evento contou com palestras de vozes femininas inspiradoras.

Kátia Vaskys, ex-presidente da IBM no Brasil fez palestra de abertura. Ela contou sua experiência de liderança em ambientes majoritariamente masculinos. "Quando cheguei a minha primeira posição executiva, neguei minha feminilidade. Para me destacar achava que tinha que ser somente reconhecida pela minha competência", contou ela aos convidados do evento.

"A primeira atitude em um ambiente predominantemente masculino é ficar nessa paranóia de ser muito melhor do que qualquer outra pessoa", afirma. Formada em Comunicação Social, Kátia conseguiu espaço pela sua especialização em dados e foi abraçada pela área de tecnología da informação.

Ela reforçou a importância da união feminina e criação de ambientes de conversa e segurança para mulheres em empresas."Foi a maternidade que despertou em mim a necessidade de colaborar com outras mulheres. Não vamos ter sucesso com a pessoa do nosso lado lá para baixo", completou.

Em seguida, a advogada Luciana Terra Villar do projeto Justiça de Saia e Justiceiras, Brunielly Lemos, presidente da associação Transbordamos, Lucimar Ponciano, ex-vereadora de Jacareí e primeira mulher a assumir a presidência da câmara de vereadores de Jacareí) e a juíza Márcia Loureiro, da Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de São José dos Campos participaram do primeiro painel em uma conversa sobre o protagonismo feminino.

O projeto Justiceiras já atendeu 11 mil mulheres no Brasil, que tiveram assistência jurídica gratuita em casos de violência doméstica. "Quando uma mulher é violentada, todas nós somos", afirma a advogada Luciana. Complementando a fala, a juíza Márcia Loureiro explicou como funciona seu trabalho na promotoria. "Além da coragem, a mulher precisa de apoio, porque muitas vezes a dependência é psicológica ou financeira. A diferença será feita se cada um fazer sua parte", explica.

Brunielly falou sobre as violências que sofreu durante sua trajetória como mulher trans. "A gente finge que não vê a violência, mas devemos falar sobre ela. Precisamos tomar a responsabilidade de que a violência de género é da nossa conta", afirma.

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