O Ministério Público instaurou um inquérito para investigar uma denúncia que envolve um suposto esquema de rachadinhas, funcionários fantasmas e laranjas no gabinete da deputada estadual Leticia Aguiar (PSL).O inquérito foi instaurado no último dia 10, após uma apuração preliminar realizada no fim do ano passado. A denúncia partiu de um filiado do PSDB, que atua desde fevereiro de 2020 em um cargo comissionado na Prefeitura de São José dos Campos.Segundo a denúncia, supostos laranjas teriam sido nomeados no ano passado para substituir cinco assessores de Leticia que haviam sido exonerados para disputar as eleições municipais em São José e Jacareí. A denúncia diz que, mesmo em horário de expediente, os substitutos atuavam na campanha dos antigos funcionários, que teriam continuado a receber os salários indiretamente.Leticia Aguiar nega ter cometido qualquer irregularidade (leia mais abaixo).GABINETE.Um dos assessores que deixaram a Assembleia Legislativa para disputar a eleição foi Anderson Senna (PSL), que foi candidato à Prefeitura de São José dos Campos. Após ser derrotado ainda no primeiro turno, Senna retornou ao seu antigo cargo, de chefe de gabinete.A denúncia diz que os substitutos eram pessoas sem experiência nas funções. Três deles, por exemplo, tinham idades entre 63 e 72 anos.OUTRO LADO.Em nota enviada à reportagem, Leticia afirmou que “desenvolve um trabalho honesto, transparente e é totalmente contrária à quaisquer práticas ilegais, sejam das chamadas ‘rachadinhas’, atos de corrupção ou denunciação caluniosa”.A parlamentar disse ainda que “qualquer acusação sobre esse fato é totalmente infundada e sem lastro probatório” e que “todos os seus assessores são funcionários que efetivamente trabalham e estão presentes diariamente exercendo suas funções, seja no gabinete central na Assembleia Legislativa ou no gabinete regional em São José dos Campos”.