Depois de planejar suspender o contrato de até 2.000 trabalhadores, a Embraer recuou e antecipou o final do regime de layoff em São José.
Em dezembro do ano passado, a fabricante chegou a aprovar a suspensão temporária para 1.080 funcionários. Em grupos, eles ficariam fora da produção de dois a cinco meses, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.
O motivo da medida seria "a preservação dos postos de trabalho e ajustar o ritmo de produção diante da queda da demanda global", como informou a Embraer no final do ano passado.
Porém, apenas 350 trabalhadores tiveram de fato seus contratos suspensos em 2017.
Na última segunda, a Embraer informou ao Sindicato dos Metalúrgicos que anteciparia o fim da vigência do layoff.
Com a decisão, segundo o sindicato, a suspensão dos contratos de trabalho chega ao fim já em dezembro deste ano.
Ainda iriam entrar em layoff 600 funcionários da área de aviação comercial e 480 da aviação executiva. Cada grupo teria até 60 trabalhadores e deveria permanecer em casa por até cinco meses.
Em nota, a Embraer confirmou a medida: "A Embraer notificou o Sindicado dos Metalúrgicos a antecipação do fim da vigência do acordo de layoff firmado no final de 2016".
Mas não explicou o motivo da interrupção do layoff.
Para o sindicato, a antecipação é "reflexo do momento positivo vivido pela Embraer, que acumula pedidos firmes e opções de 582 aeronaves".
Por outro lado, o sindicato criticou a proposta de 1,73% de reajuste salarial na Embraer, cuja negociação é feita pela Fiesp. "Empresa vive uma ótima saúde financeira e, mesmo assim, mantém os trabalhadores à margem deste cenário", disse o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros..