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Após título mundial em 1962, técnico Aymoré Moreira trocou Seleção pelo Taubaté

Por Da redação@jornalovale |
| Tempo de leitura: 3 min
Região na Copa. Em 1962, com Zito e o técnico Aymoré Moreira, Seleção Brasileira ainda fez a pré-temporada em Campos do Jordão, antes de ir ao Chile buscar o segundo título mundial consecutivo
Região na Copa. Em 1962, com Zito e o técnico Aymoré Moreira, Seleção Brasileira ainda fez a pré-temporada em Campos do Jordão, antes de ir ao Chile buscar o segundo título mundial consecutivo

Tite é a bola da vez. É o centro das atenções e a grande esperança para levar a Seleção Brasileira ao hexacampeonato mundial na Copa do Mundo da Rússia, em junho. Ele deixou o Corinthians na metade de 2016 para assumir a dura missão de resgatar o prestígio da equipe que vinha mal nas Eliminatórias e ainda tinha o trauma dos 7 a 1 sofridos para a Alemanha na Copa de 2014.

Há 56 anos, a bola da vez às vésperas do Mundial era outra: Aymoré Moreira. Na época, ele assumiu o time que era o atual campeão do mundo e tinha a missão de buscar o bi na Copa do Chile, em 1962, o que acabou acontecendo, mesmo sem Pelé, que se machucou logo na segunda rodada, fato que na época valorizou ainda mais a passagem de Aymoré pela equipe.

O treinador havia acabado de deixar o São Paulo para comandar a equipe canarinho. O que pouca gente lembra, porém, é que após a Copa do Mundo ele veio assumir o Taubaté, que na época estava na elite do Campeonato Paulista. E viu o técnico campeão do mundo comandar o time que mandava seus jogos no antigo campo do Bosque - o estádio Joaquinzão só surgiu no final da década de 1960.

Na prática, era a segunda passagem dele pelo Burro da Central - já havia treinado a equipe na década de 1950.

E, durante a campanha taubateana no Paulista de 1962, Aymoré ainda conseguiu conciliar o clube com o cargo de técnico da Seleção Brasileira, com a qual ficou até 1963.

MÁS LEMBRANÇAS.

Existem poucos registros e informações sobre essa segunda passagem de Aymoré pelo Burro da Central. Sabe-se que ele saiu do São Paulo de forma meio turbulenta, por conta do corte do jogador Benê, do Tricolor, que inicialmente havia sido convocado para o Mundial do Chile.

E, no Taubaté, as lembranças deixadas também não foram nada boas para Aymoré, que saiu do céu e foi ao inferno em menos de dois anos.

Naquele ano, o Burrão fez a pior campanha de sua história na elite estadual. Em um campeonato com 16 equipes, apenas o último colocado era rebaixado para a Segunda Divisão (atual Série A-2). E o Taubaté conseguiu ficar com a pior campanha disparado, somando apenas 13 pontos em 30 rodadas, oito a menos do que o Jabaquara, que acabou em penúltimo lugar.

Sob comando de Aymoré Moreira, o Burro da Central conquistou apenas 4 vitórias, 5 empates e 21 derrotas, com 27 gols marcados e incríveis 73 sofridos, um saldo negativo de 46 gols.

Aliás, naquele ano, em muitas partidas Aymoré não comandava o time no banco de reservas, deixando a função para os seus auxiliares. Ele teria de fato ficado à beira do campo na reta final do campeonato para tentar ajudar, sem sucesso, o Burro da Central a fugir da queda.

Depois desse descenso, o Taubaté só conseguiu retornar à elite em 1979, no memorável quadrangular em que foi campeão na última rodada em confronto direto contra o São José, na vitória por 2 a 1.

 Hoje, o torcedor taubateano tem a lembrança de que o time já foi comandado pelo técnico que havia acabado de comandar a Seleção Brasileira na conquista de uma Copa..

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