O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, negou nesta terça-feira que seja o "anticristo" e que represente ameaça à democracia. A afirmação foi uma resposta à pergunta sobre a sugestão do filho dele, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que bastam um cabo e um soldado para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal).
Durante entrevista exclusiva, concedida na manhã desta terça à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Bolsonaro minimizou a repercussão do vídeo em que o filho aparece sugerindo que é fácil fechar o STF, bastando levar um cabo e um soldado. O candidato disse que houve um "superdimensionamento do caso".
"Nós não somos ameaça à democracia, é exatamente o contrário, nós somos a garantia da democracia. E outra, o que meu filho falou foi há quatro meses atrás, existia um outro clima no Brasil", afirmou o candidato do PSL durante a entrevista.
DEMISSÃO.
Bolsonaro foi entrevistado pelo âncora do programa Bom dia, Rogério Mendelski, que, ao final da entrevista, justificou o "silêncio" de jornalistas presentes no estúdio. "Foi uma condição do candidato, que queria conversar só com o apresentador", disse Mendelski.
Em seguida, o jornalista e historiador Juremir Machado questionou a decisão, afirmando "nós podemos dizer que o candidato nos censurou?". Segundos depois, ele emendou, "eu achei humilhante e por isso estou deixando o programa. Foi um prazer trabalhar aqui por 10 anos"..