Além de cadastrar e disciplinar a atuação dos criminosos de cada 'quebrada' (bairro), o PCC (Primeiro Comando da Capital) mantém um controle rígido do tráfico de drogas, o carro-chefe de suas finanças, sendo responsável por autorizar a abertura e o funcionamento das chamas 'biqueiras' -- pontos de comércio de entorpecentes.

De acordo com investigações do Ministério Público, o crime organizado criou uma espécie de mercado imobiliário paralelo, onde se aluga e vende esses pontos de tráfico.

O PCC, além de ter o cadastro de quem é responsável por cada quebrada, estabelece regras para a atividade -- uma biqueira, por exemplo, deverá se distanciar pelo menos 100 metros da outra -- e ainda decide os conflitos.

A prática de alugar a biqueira, em geral, é adotada depois da prisão do responsável, que então aluga para outro criminoso que está na rua.

"O investigado D.W., cumprindo determinações e ordens da facção criminosa de qual é membro, PCC, 'autorizava' a abertura e o funcionamento de pontos de venda de drogas, além de intermediar atritos ocorridos entre traficantes, visando pacificar as ações do tráfico de drogas, em especial quanto ao 'aluguel' de 'biqueiras'", revela o trecho de denúncia oferecida pelo MP contra um 'irmão'.

O tráfico é hoje a maior fonte de renda da facção, já definida pelo MP como uma 'máfia'. As fontes de segurança pública mantém vigilância contínua para combate ao PCC.