
Mais difícil vestibular do país, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José, mudou as regras para o concurso deste ano, o que pode tornar o processo ainda mais concorrido. As 110 vagas distribuídas por seis cursos de engenharia foram divididas em duas opções: ordinárias e privativas.
As ordinárias contam com 85 vagas para candidatos que não têm interesse em seguir a carreira militar. As privativas oferecem 25 vagas para os que desejam ingressar no quadro de oficiais engenheiros da Força Aérea Brasileira.
Essa opção já existia anteriormente, mas não influenciava na classificação final para o vestibular. No ano passado, por exemplo, com as mesmas 110 vagas, o ITA aprovou os melhores alunos independente da escolha da carreira.
Agora, essa decisão terá peso para os alunos ingressantes em 2018. Uma vez feita a escolha pelo tipo de vaga, no ato da inscrição do vestibular, o candidato concorrerá somente com aqueles que tiverem realizado a mesma opção em relação às vagas.
"Significa que haverá duas listas de classificação diferentes e, possivelmente, notas de corte diferentes para as modalidades", disse Thiago Cardoso da Costa, coordenador da Turma ITA do curso Poliedro..
Nova regra fará aluno perder vaga se quiser trocar de carreira no futuro
Outra novidade do vestibular 2018 do ITA é que a opção entre a carreira militar ou civil não poderá ser mudada. O aluno que quiser trocar de carreira depois de passar no concurso vai perder a vaga.
"Trata-se também de uma novidade. Historicamente, o ITA apresentava certa flexibilidade para casos em que os alunos solicitavam a troca de opção de carreira", disse Thiago Cardoso da Costa, coordenador da Turma ITA do curso Poliedro, que conta com 400 estudantes em São José.
Segundo ele, a prática já é adotada no vestibular do Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro. No caso do ITA, Costa disse que uma avaliação realista sobre o próximo vestibular, se ficará mais ou menos concorrido, vai depender da quantidade de inscritos em cada categoria.