A ação acontece no dia 26 de junho. Na ocasião, Felipe vai correr a distância numa esteira de uma academia de Jacareí que está apoiando a iniciativa.

O pequeno Heitor tem paralisia cerebral, hidrocefalia e Síndrome de West - um tipo de epilepsia infantil que compromete o cérebro e o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, segundo a mãe de Heitor, Larissa Martins Paiva Rios.

Agora que está crescendo, Heitor precisa de um novo carrinho especializado, que irá auxiliar na sua postura e evitar problemas ortopédicos futuros. Contudo, o valor do carrinho está além do alcance do orçamento da família, e por isso eles decidiram lançar a iniciativa para pedir ajuda.

Para colaborar com a campanha por meio de uma doação, basta fazer uma transferência Pix usando a chave 08607660632.

O pequeno Heitor, de 1 ano de idade.

INICIATIVA.

A mãe de Heitor, Larissa, foi quem conversou com a reportagem de OVALE sobre a ultramaratona. Ela diz que o propósito da iniciativa é arrecadar fundos, mas também conscientizar: “Assim nós incentivamos as pessoas a se exercitarem, conhecerem o universo da pessoa com deficiência e nos ajudar”.

A família tem divulgado a ação principalmente através da sua conta no Instagram (@familiapaivarios), onde a maratona de Felipe será transmitida. Por meio da divulgação, eles conseguiram estabelecer parcerias com empresas da região. Os parceiros disponibilizaram brindes, como ofertas especiais em produtos e serviços, que serão sorteados entre os doadores da campanha durante a corrida.

Quem quiser correr junto com Felipe também é bem-vindo. Segundo informou Larissa, basta fazer o cadastro junto à academia parceira que uma esteira será liberada no local para que o interessado corra 5km.

HISTÓRIA.

Larissa conta que Heitor e sua irmã gêmea, Lívia, nasceram prematuros de 29 semanas no Hospital Municipal de São José. Heitor pegou pneumonia bacteriana nas primeiras horas de vida e foi submetido a um tratamento para salvar sua vida. Ele reagiu ao tratamento, mas teve uma hemorragia de grau 3 na cabeça, o que o levou a ficar mais de 20 dias em coma.

Após 71 dias de internação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) Neonatal, Heitor enfim teve alta, mas com a perspectiva de paralisia cerebral. Aos 9 meses de idade, a família descobriu a epilepsia do filho, que começou a ser tratada com medicamentos específicos.

Aos 11 meses de idade, foi descoberta a hidrocefalia. Ao longo de outubro de 2020, Heitor passou por sete procedimentos cirúrgicos na cabeça para correção da condição. Segundo a mãe do menino, hoje a hidrocefalia está sob controle, mas desde abril deste ano a epilepsia se agravou, gerando a Síndrome de West.

Larissa também conta que a família já desenvolveu iniciativas como a ultramaratona do próximo dia 26 outras vezes. Em 2020, a família Rios fez uma “vakinha online” para ajudar a pagar os custos médicos de Heitor. Felipe também correu uma “maratona pela inclusão” para arrecadar fundos para a ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), uma instituição que promove a inclusão social de pessoas com deficiência.

À reportagem, Larissa disse que Felipe já corre há dez anos, e que a ultramaratona de 50km é uma forma de seguir se desafiando: "Ele sempre coloca metas, mesmo com a pandemia, agora com objetivos ainda maiores". Ela diz que o marido já está se preparando para o novo desafio há mais de um mês.

Larissa mostra confiança no sucesso da iniciativa e reforça a importância do carrinho para o bom desenvolvimento de Heitor: "Assim como todo pai e mãe quer oferecer o melhor ao ser filho, também queremos ao nosso".