André Aquino

Por que os restaurantes surpreendem nos pratos, mas pecam na sobremesa?

Quem concorda que um restaurante precisa ter uma boa experiência do começo ao fim, ou seja, da entrada até a sobremesa?

Por André Aquino, Chef e professor de gastronomia | 04/09/2021 | Tempo de leitura: 3 min

sobremesa
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Quem concorda que um restaurante precisa ter uma boa experiência do começo ao fim, ou seja, da entrada até a sobremesa?  

Nesta semana, fui surpreendido por deliciosos pratos. Começando pelo “The Australian”, em Taubaté, com um bom BBQ Ribs, acompanhado de uma ceasar salad que, de verdade, é a melhor que já comi até hoje. Já no Quiririm, no “Restaurante Picanha e Truta”, provei um belíssimo Ancho mal passado, que só de lembrar já me deu água na boca. Pousei depois em São José dos Campos, no tradicional “Petroni”, com seus famosos bolinhos (no meu caso, dou preferência para os de bacalhau). Se ainda quisermos esticar até a cidade de Bananal, nos deparamos com as belas e antigas fazendas e uma ótima gastronomia, como a da “Fazenda Bananal”, com pratos elaborados com ingredientes colhidos na própria fazenda. 

Mas, a pergunta que faço é: por que será que as sobremesas não acompanham a riqueza dos pratos? Quer dizer então que não são boas? Sim e não! Algumas boas, e outras deixam a desejar. Mas, a maioria sempre naquela mesma batida, ou seja, petit gateau, brownie, pannacota, bolos caseiros, sorvete com alguma coisa...sempre os mesmos ingredientes como chocolate, morango, e por aí vai. Será que falta criatividade? Será que o mercado não consome? Deixo o meu desafio para os restaurantes: nos surpreendam também na última garfada, antes do café. 

Dica do Chef 

Com o Chef Junior, do Restaurante D’Aldeia Forneria, em Lagoinha. 

Peixe fresco é sempre a melhor opção, mas caso tenha congelado, a primeira dica é descongela-lo no leite, pois desta forma vai tirar aquele cheiro forte. O limão é sempre uma boa combinação na hora de temperar, mas outros ingredientes como cominho, alho, shoyu, coentro, mostarda e pimenta também funcionam muito bem. Se for empanar, a sugestão é trocar a farinha branca tradicional pela farinha panko ou aveia em flocos. Bom apetite, e depois nos contém o resultado. 

Zé Luís de Souza, o jornalista que vira “chef” 

O nosso querido colunista do OVALE sempre arrebenta no seu conteúdo, afinal, são anos de estrada trazendo o melhor do Vale do Paraíba. Mas, acompanhando-o pelas redes sociais (@jlsocial), descobri que está virando um grande Chef. O único problema: ainda não mandou nada para os amigos do Jornal e eu provarmos. Zé, assim como desafiei os restaurantes com as sobremesas, desafio você a fazer algo para experimentarmos. 

Vinhos Nacionais cada vez tem mais destaque

A Associação Brasileira de Enologia (ABE) realiza desde 1993 a “avaliação anual de vinhos”, tendo na sua primeira edição 42 rótulos inscritos, e neste ano bateu recorde com 400 rótulos. Um dos principais objetivos é promover os vinhos nacionais e leva-los para o mercado exterior, no qual também estamos nos destacando. Segundo um estudo da CupomValido.com.br, batemos recordes de consumo durante a pandemia, com 501 milhões de litros no ano de 2020.

Você também é um apaixonado por vinho? Quer conhecer mais sobre vinhos nacionais? Existem diversos cursos online, como na própria ABE, na Associação Brasileira Amigos do Vinho, entre outros. Então, que tal abrir uma boa garrafa de vinho nesse domingo à noite?

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