Comportamento

Qual o segredo para uma relação durar 30, 40, 50 anos?

Por Marcos Eduardo Carvalho |
| Tempo de leitura: 2 min
Relacionamentos duradouros
Relacionamentos duradouros

Alguns casamentos duram pouco: um ano, dois. Outros, duram a vida toda. São 40, 50, 60 anos de convivência, como por exemplo os atores Tarcísio Meira e Glória Meneses, que são não estão mais juntos porque ele morreu de Covid-19 no mês passado.

Mas, qual o segredo e qual o ponto primordial para uma relação durar tantos anos?

Para o psicólogo Rafael Ribeiro, de São José dos Campos, em uma palavra, “respeito”. “Nenhuma relação, por mais picante que seja, por mais tranquila que seja, se sustentaria por muito tempo, se não for através do respeito. Respeito autêntico, puro, honesto. O respeito é a base de todas as relações saudáveis e positivas, seja profissional, afetivo e etc. E um casamento, para durar bem E (isso é importante) saudável, é primordial existir respeito mútuo”, disse.

Para o especialista, conflitos sempre vão existir, mas a confiança é essencial. “Confiar é um ato de carinho e também de responsabilidade, é acolher e trazer para perto de si alguém que não se deseja o mal, apenas o bem”, disse.

“Tesão passa, filhos crescem, as conquistas são alcançadas e o que fica depois disso tudo? Só fica o amor, o desejo de permanecer juntos”, explica o psicólogo.

EXEMPLO.

A também psicóloga Fabiana Luckemeyer, de São José dos Campos, pode muito bem falar sobre o assunto. Afinal de contas, vive há 26 anos com o médico oftalmologista Adriano Biondi.

“Casais fortes se sentem bem como uma equipe ou como uma unidade familiar, sentem que fazem parte de um todo, onde temos um ‘nós’ muito visível, ao mesmo tempo que nenhum indivíduo perde sua identidade ou se sente sufocado. A força está justamente em cada membro da família ser incentivado a desenvolver o seu potencial máximo”, afirmou Fabiana.

Segundo ela, no dia a dia alguns pontos são primordiais: como a atração física que ao longo do tempo torna-se também admiração, generosidade (dar e receber tem que ter um equílibrio), realização, ajuda mútua, objetivos e hobbies comuns, entre outros.

“Outro aspecto um pouco polêmico para os dias atuais seria a preservação das polaridades. Não estamos aqui sendo feministas muito menos machistas.  Se uma mulher perde sua feminilidade, seu acolhimento, sensibilidade e do outro lado, um homem que vai deixando seu lado masculino de lado, sua segurança, força, se abandonando, a atratividade vai sendo dissipada de forma silenciosa.  Isso corrói o amor e a atração que é naturalmente mais presente no início da relação.  A polaridade saudável sem competição, deve ser observada e preservada, pois provoca o pulso sexual”, disse.

Para o casal, algumas coisas simples de se evitar são importante. “Como por exemplo fazer sua necessidades na frente do outro. Evitar sobrecarregar o cônjuge com suas próprias frustrações, carências e inseguranças”, afirmou Fabiana.

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