“Qual é a verdadeira representação que as mulheres têm na mídia?” Essa é a pergunta que o GMMP (Global Media Monitoring Project) tenta responder a cada nova edição da pesquisa.
Com um levantamento realizado a cada cinco anos desde 1995, a GMMP mede indicadores para identificar a presença feminina na mídia, levando em consideração preconceito de gênero, estereótipos e outros conteúdos. De forma geral o programa busca contribuir para a equidade de gênero no planeta, principalmente na visão midiática.
No Brasil, diversas pesquisadoras participaram do último levantamento realizado pelo programa, incluindo o grupo de pesquisa AlterGen, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
Segundo o grupo ECA, em média, apenas 23% das matérias que são publicadas diariamente em todo planeta citam mulheres, um número extremamente baixo e um tanto quanto desanimador.
Os dados também mostram que nas raras vezes que mulheres são citadas como especialistas, elas tendem a ser de áreas associadas a profissões que são vistas como “tradicionalmente femininas”, como pediatria, pedagogia ou psicologia.
Quando entramos em grupos considerados marginalizados a situação de representatividade tende a piorar. Na América Latina, a população indigena corresponde a apenas 1% dos assuntos ou fontes em matérias televisivas, e dentro desse número tão baixo apenas três em cada dez indígenas entrevistados são mulheres.
A pesquisa também identificou que as mulheres só prevalecem como maioria quando as são retratadas como vítimas. Chegando ao número 63% de entrevistadas.
A pesquisa completa pode ser acessada através do site da GMMP.