Ressocialização

Unidades prisionais de Potim apostam no trabalho de reciclagem com os detentos

Por Marcos Eduardo Carvalho |
| Tempo de leitura: 2 min
Presos em Potim fazem serviço de reciclagem
Presos em Potim fazem serviço de reciclagem

Como uma maneira de ajudar na ressocialização e, também, na ajuda ao meio ambiente, as duas unidades prisionais de Potim, no Vale do Fé, apostam no trabalho de reciclagem, feito pelos detentos, que ganham abatimento no tempo total da pena.

Além de reduzir a quantidade de lixo, ainda os presos ganham a oportunidade de aprender um ofício e passar menos tempo na prisão.


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Desta maneira, o material reciclável produzido pelos detentos é, posteriormente, recolhido pela Cooperativa de Recicláveis Ecovida, uma Organização Não Governamental (ONG) formada por munícipes e que fomenta a essência da atividade nos presídios.
 

De acordo com a ONGL, semanalmente, cerca de 50kg de reciclagem são separados e recolhidos na Penitenciária 1 Potim. No total, 42 sentenciados que trabalham no setor da cozinha organizam todo o descarte que é produzido no centro de reclusão. Os funcionários do local também se envolvem na ação separando o lixo de forma consciente no cotidiano do serviço.

“A reciclagem tornou-se indispensável, diminuindo consideravelmente a quantidade de resíduos que enviamos para os aterros sanitários. Além disso, essa atividade tem um fim educativo muito produtivo, contribuindo para a formação profissional, da personalidade e da consciência ambiental do recluso”, afirma Aloisio Souza, Diretor de Infraestrutura e Conservação da PI de Potim, ressaltando que o trabalho ainda desperta a consciência ambiental nos presidiários.

Enquanto isso, na P2, os presos do setor de inclusão, na ala de progressão penitenciária, cozinha e área de medida protetiva de segurança pessoal, também participam.

Ainda de acordo com a ONG, todo material que é possível ser reciclado como garrafas pet, plástico em geral, papelão, entre outros, segue para o processo de triagem feito pelos reeducandos que atuam na cozinha central e inclusão.

Em seguida, a coleta seletiva é encaminhada para a área externa da P2, onde é organizada pelos sentenciados do regime semiaberto para ser recolhida.

“É notável a redução do lixo como um todo e a conscientização por parte dos presos e funcionários sobre a importância da reciclagem para o meio ambiente. Além disso, o trabalho da ONG ajuda a alimentar essa ação”, diz André Rodrigues, Diretor de Trabalho e Educação da P2 de Potim.

A Ecovida chega a recolher aproximadamente 2.500kg de materiais recicláveis por mês apenas nas duas penitenciárias do município. O descarte é fardado e posteriormente comercializado pela cooperativa.

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