Karla Clarinda

Haja fôlego para ser mulher. Mas, quem disse que eu estou reclamando?

Por Karla Clarinda, Empreendedora Social e estrategista em recolocação profissional | 09/03/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Dia das Mulheres
Dia das Mulheres

O Dia da Mulher é cercado de importância, polêmica e um certo ar clichê. Ele já foi tão celebrado, falado, debatido e banalizado que o que sobra é mais uma data para fazer a festa dos proprietários de floriculturas, e de motéis, por que não? Sorte minha que meu foco é empregabilidade e que, por este viés, nós estamos, cada vez mais, abrindo – ou seria arrombando? – portas, e derrubando qualquer tabu ou preconceito que ainda teime em existir.

No âmbito profissional, lugar de mulher também é onde ela quiser. Somos presidentes, diretoras, operárias, atendentes, jogadoras de futebol, skatistas, caminhoneiras, mecânicas e o que mais desejarmos. Certo, essa barreira está sendo ultrapassada, mas não é motivo para comemoração pois, na verdade, somente estamos ocupando espaços que já deveriam ser nossos há tempos.

A busca por nossos objetivos, além de fundamental, nos faz exercitar a gestão do tempo. Esses nossos dias com 28 horas (alerta de ironia) já não são suficientes para abranger nosso leque de atividades. Gestão da casa, cuidados com os filhos, responsabilidade com o trabalho e tudo o que ele traz a reboque, e ainda ter tempo para nós mesmas. Ufa! Para que roteiro de filme de Hollywood? Mulheres-Maravilha somos todas nós.

Agora sei que muitas vão me perguntar. Mas Karla, que coisa mais antiga isso de achar que a mulher ainda tem que ser a cuidadora da casa, dos filhos e da família? Esse tempo já passou faz tempo. E eu respondo, sim, concordo. Mas sei, também, que muitas de nós querem cuidar da casa, ter filhos e cuidá-los para que tenham a melhor jornada possível. E não há nada de errado nisso. Somos livres para seguirmos qualquer caminho que quisermos. O que não muda, seja o caminho que trilharmos, é o excesso de atividades, responsabilidades e peso sobre nossos ombros.

Aprendamos a delegar e a dizer não. Não, não quero, não posso, não consigo. O que pode parecer um traço de fraqueza, na verdade deve ser encarado como um grito de liberdade. No trabalho e na vida, a mulher toma as decisões que quiser e diz não para o que não concorda e para o que não quer fazer. Parece simples, e cada vez mais está sendo mesmo. Nós estamos fazendo com que as relações mulher-trabalho, mulher-mundo e mulher-vida se tornem mais simples e equânimes.

Esse é mais um dia, o nosso dia, assim como todos os outros. Não devemos ter hora marcada para comemorar e expressarmos nossos desejos, nossas expectativas e nossas opiniões. Digamos sim, não, o que quisermos. Temos todo o direito, somos livres. Só não façamos mais do que podemos suportar, já que estamos aqui para fazermos nossas histórias e sermos felizes, certo? E não para irmos a reboque da vida que tentaram nos impor. Parabéns para nós, hoje e sempre.   

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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