Leila Paes

Em tempos de Guerra

Por Leila Paes, psicóloga e pastora |
| Tempo de leitura: 2 min

Nosso mundo está sofrendo. Estamos todos preocupados com as situações tão complexas que estão surgindo, e a insegurança só cresce. O que fazer? Como viver? Surgem dúvidas e questionamentos no nosso coração. Mesmo distantes, podemos ser afetados diretamente. Bem, podem fazer guerra, tão longe de nós, tão fora de nosso controle ou escolhas, mas nós podemos tomar uma decisão: vamos trabalhar pela paz. “Mas como?”, você pode se perguntar, “como posso trabalhar pela paz se não tenho como alcançar os corredores do poder?”. 

Temos a impressão de que nossa pouca influência não tem condições de trazer algo relevante ao mundo, e isso nos paralisa. O que acontece, na verdade, é que se não podemos mudar o mundo, podemos mudar o mundo de alguém. Se não podemos parar a guerra, podemos agir pela paz em nós e nos que podemos alcançar. Pensa comigo: o que um abraço afetuoso pode fazer por alguém? O que um áudio cheio de consideração pode produzir em uma pessoa que você conhece?

O que um bombom pode fazer de bom no coração de alguém entristecido? Uma das maneiras de combatermos a atmosfera de guerra é não descansarmos nem desistirmos de uma corrente do bem.... Um “eu te entendo, e vou te ouvir” pode mudar a história de alguém.

Nos Escritos Sagrados, nós lemos:  Quanto lhe for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa (Provérbios 3:27).  O quanto for possível, o quanto der, não vamos deixar de alcançar alguém com um gesto afetuoso e de ares bons. Isso não precisa ser complicado.. nem caro... só precisa ser intencional e com o coração. Os seres humanos foram feitos para o bom, e o bem. Cada fibra deles pede e vibra com algo que acrescente coisas boas na vida dos próximos. Quem de nós já não foi embora sorrindo depois de dar algo que era preciso, para alguém, que foi surpreendido com um gesto inesperado?

Em meio à guerra, faz um bem tremendo voltar-se ao bom e ao bem, mesmo contrito e em oração pelo mundo, mas estendendo e distribuindo solidariedade. Isso vai multiplicando as forças para superarmos sentimentos destrutivos que surgem dentro de nós. A força interior que vem do Alto nos segura firmes e nos sustenta para algo que pode mudar atmosferas, mesmo em meio a guerra...

Me lembro do famoso episódio, “Trégua de Natal”, ocorrida nas trincheiras próximas à cidade de Ypres, na Bélgica, em 24 e 25 de 1914, entre soldados alemães e os seus rivais ingleses e franceses, na Primeira Grande Guerra. Oro e torço para todas as tréguas possíveis ocorrerem, especialmente no nosso pequeno universo de casa, do trabalho, da escola, onde eu preciso ser o primeiro a levantar a bandeira branca e tomar iniciativas de bem e bom. Vamos juntos formar atmosferas de paz e bem? Você vai viver melhor se, em tempos de guerra, viver em paz interior que gere paz também para o seu exterior.

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