Você sabia?

Você sabia? Deltacron: veja o que já se sabe sobre a nova variante da Covid-19

Por Patrick C. Santos |
| Tempo de leitura: 2 min
Pacientes franceses infectados com a Deltacron apresentavam um infecção causada por um vírus com o corpo da variante Delta e a proteína 'spike' da Ômicron
Pacientes franceses infectados com a Deltacron apresentavam um infecção causada por um vírus com o corpo da variante Delta e a proteína 'spike' da Ômicron

Há alguns dias, cientistas franceses divulgaram evidências sobre o possível surgimento de uma nova e mais potente variante do novo coronavírus. O estudo foi realizado pela IHU - Mediterranee Infection, na cidade de Marselha, e a cepa ficou conhecida como 'Deltacron'.

Entre no nosso grupo do WhatsApp e fique sempre ligado nas notícias mais importantes da RMVale, do Brasil e do mundo - Clique aqui e esteja sempre bem informado!

Assim como o próprio nome sugere, a Deltacron combina características genéticas da variante Delta com a variante Ômicron.

De acordo com o estudo mais recente sobre o caso, divulgado no último dia 8 de março, foi constatado que pacientes franceses infectados com a Deltacron apresentavam um infecção causada por um vírus com o corpo da variante Delta e a proteína 'spike' da Ômicron.

A proteína spike funciona como uma série de ganchos responsáveis pela fixação do vírus nas células saudáveis do corpo humano.

Onde a variante foi encontrada?

A variante foi identificada por uma parceria de especialistas dos EUA e da França, após um cientista norte-americano averiguar um relatório de sequenciamento genético do vírus encontrado em alguns pacientes franceses.

Os genes dos vírus podem "se misturar", eventualmente, pela infecção mútua e simultânea das cepas, ou até mesmo por um erro laboratorial. Porém, Scott Nguyen e sua equipe, ligada ao Laboratório de Saúde Pública de Washington, se aprofundaram no estudo e constataram que a variante era nova e singular.

É mais letal que as anteriores?

Ainda não é possível saber. Philippe Colson, principal autor da pesquisa disse, em entrevista à Agência Reuters, que os casos acompanhados são muito poucos e muito recentes, sendo impossível definir se a nova cepa é mais ou menos perigosa que as versões anteriores.

Maria Van Kerkhove, diretora técnica da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse, na última quarta-feira (9), que a mutação está sendo monitorada. Ela pede para que a população não entre em pânico e siga se protegendo.

O que causou essa mutação?

Ainda de acordo com Colson, o alastramento simultâneo entre variantes pode ocasionar na fusão de seus genes, o que, provavelmente, foi o caso na origem da Deltacron.

A Deltacron já chegou em outros países?

Sim. A variante Deltacron já foi identificada em diversos países da Europa, tais como Holanda, Dinamarca e Alemanha.

Na América, os EUA já registraram alguns casos e, nesta terça-feira (15), o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, confirmou que o país já identificou dois casos da doença.

Leia também - Covid-19: Brasil já confirmou dois casos da variante Deltacron, diz Marcelo Queiroga

O nome pode mudar?

É bastante provável. Nos próximos tempos, será possível confirmar se os cientistas dos EUA e da França acharão prudente modificar a nomenclatura da Deltacron mas, por enquanto, este é o nome mais utilizado.

Comentários

Comentários