Há alguns dias, cientistas franceses divulgaram evidências sobre o possível surgimento de uma nova e mais potente variante do novo coronavírus. O estudo foi realizado pela IHU - Mediterranee Infection, na cidade de Marselha, e a cepa ficou conhecida como 'Deltacron'.
Entre no nosso grupo do WhatsApp e fique sempre ligado nas notícias mais importantes da RMVale, do Brasil e do mundo - Clique aqui e esteja sempre bem informado!
Assim como o próprio nome sugere, a Deltacron combina características genéticas da variante Delta com a variante Ômicron.
De acordo com o estudo mais recente sobre o caso, divulgado no último dia 8 de março, foi constatado que pacientes franceses infectados com a Deltacron apresentavam um infecção causada por um vírus com o corpo da variante Delta e a proteína 'spike' da Ômicron.
A proteína spike funciona como uma série de ganchos responsáveis pela fixação do vírus nas células saudáveis do corpo humano.
Onde a variante foi encontrada?
A variante foi identificada por uma parceria de especialistas dos EUA e da França, após um cientista norte-americano averiguar um relatório de sequenciamento genético do vírus encontrado em alguns pacientes franceses.
Os genes dos vírus podem "se misturar", eventualmente, pela infecção mútua e simultânea das cepas, ou até mesmo por um erro laboratorial. Porém, Scott Nguyen e sua equipe, ligada ao Laboratório de Saúde Pública de Washington, se aprofundaram no estudo e constataram que a variante era nova e singular.
É mais letal que as anteriores?
Ainda não é possível saber. Philippe Colson, principal autor da pesquisa disse, em entrevista à Agência Reuters, que os casos acompanhados são muito poucos e muito recentes, sendo impossível definir se a nova cepa é mais ou menos perigosa que as versões anteriores.
Maria Van Kerkhove, diretora técnica da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse, na última quarta-feira (9), que a mutação está sendo monitorada. Ela pede para que a população não entre em pânico e siga se protegendo.
O que causou essa mutação?
Ainda de acordo com Colson, o alastramento simultâneo entre variantes pode ocasionar na fusão de seus genes, o que, provavelmente, foi o caso na origem da Deltacron.
A Deltacron já chegou em outros países?
Sim. A variante Deltacron já foi identificada em diversos países da Europa, tais como Holanda, Dinamarca e Alemanha.
Na América, os EUA já registraram alguns casos e, nesta terça-feira (15), o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, confirmou que o país já identificou dois casos da doença.
Leia também - Covid-19: Brasil já confirmou dois casos da variante Deltacron, diz Marcelo Queiroga
O nome pode mudar?
É bastante provável. Nos próximos tempos, será possível confirmar se os cientistas dos EUA e da França acharão prudente modificar a nomenclatura da Deltacron mas, por enquanto, este é o nome mais utilizado.