A palavra democracia é formada por dois vocábulos gregos que, juntos, implicam uma concepção singular de relações entre governados e governantes: “demos” significa povo ou muitos, enquanto “kracia” quer dizer governo ou autoridade. No dicionário democracia é definida como o governo em que o povo exerce a soberania.
Entendo que a democracia parte do momento em que chamamos todos para participarem, escutamos suas opiniões e ainda que contrárias a nossa, conduzimos a discussão no campo das ideias e justificativas, independente das opiniões diversas em relação a política, assuntos técnicos e outros temas. Esta diversidade que valida o Estado Democrático de Direito e uma Federação, Estado ou Município mais justo em termos decisões coletivas.
Considerando a importância do fortalecimento da democracia em nossa microrregião, tenho buscado o diálogo com as cidades. A ideia é unirmos forças para melhores resultados e crescimento econômico e social. Esta rede de cooperação entre os municípios fortalece também as decisões políticas e as escolhas de apoio a representantes em todas as esferas públicas.
No meu entendimento a democracia está na construção da participação popular. Aliás o tema participação foi muito amplificado na década de 90. Nesta época diversos atores sociais, públicos ou da sociedade reivindicavam e apoiavam a participação social, a democracia participativa, o controle público sobre o Estado e a realização de parcerias entre o poder público e a sociedade civil.
Como parte da sociedade civil sempre fiz questão de estar nos espaços onde acontece este processo de decisão em benefício do coletivo, da comunidade. Prevalecendo primeiramente a vontade de muitos e depois a nossa. Nas cidades este ambiente se dá, também através dos conselhos municipais. Estive como membro de alguns e pude acompanhar o quanto é necessário este momento entre a sociedade civil e o poder público reunidos para deliberar ou dar opinião sobre as demandas específicas de temas importantes para o desenvolvimento de políticas públicas.
Penso que é necessário chamar todo cidadão, através da entidade que representa na sociedade, para participar da construção de políticas públicas e penso que os conselhos são esta forma mais democrática, mesmo sabedores que a decisão está no gestor eleito por todos.
Os conselhos precisam direcionar os gastos públicos de forma mais efetiva e assertiva, através do diálogo e apoiando no planejamento futuro de uma cidade.
Este é um dos alicerces para uma democracia efetiva e atuante, principalmente neste momento em que nacionalmente ela tem sido tão discutida de forma dividida em opiniões diversas. A diversidade de opinião deve unir para o bem comum.
Quero dar a voz a sociedade civil organizada com o poder público e os conselhos serão parte de todo processo. Não é fácil de entender a princípio, mas quando deixar a prefeitura, terei certa minha dedicação plena na feitura de uma cidade democrata, com pés no chão, sabendo que é muito difícil quebrar paradigmas.
A democracia se faz de cidadãos preocupados com o bem social das pessoas ao seu redor, transformando em idéias e soluções para dias melhores, para nós, nossos filhos e netos.
Deus nos traz através da sua palavra que: “devemos amar ao próximo como a si mesmo” e a forma que encontramos é escutando o próximo e transformando em ações os seus anseios.