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Dias contados? Pandemia inibe tradicional aperto de mãos como cumprimento

Por Marcos Eduardo Carvalho@marcosovale78 |
| Tempo de leitura: 2 min
Aperto de mãos
Aperto de mãos

Sabem aquele velho hábito de cumprimentar os amigos com aperto de mãos em um encontro? Ou, após uma reunião de negócios? Esse ato tão comum e corriqueiro, pode ficar definitivamente no passado quando acabar a pandemia do novo coronavírus. Desde o início da doença, a recomendação dos especialistas é de evitar o cumprimento, por conta do risco de contaminação pela doença.

Em abril, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, o infectologista Anthony Fauci, que trabalha para o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a dizer que a tradicional saudação pode não ser mais parte do cotidiano das pessoas. Fauci é considerado o principal especialista em doenças infecciosas no país.

"Temos que quebrar esse costume porque, de fato, essa é realmente uma das principais maneiras pelas quais você pode transmitir uma doença de origem respiratória", explicou na época.

O aperto de mão, segundo os historiadores, é considerado uma das saudações mais antigas da humanidade e, inicialmente, surgiu para mostrar que as pessoas não estavam armadas. Assim, era entendido como uma mensagem de paz.

VAI VOLTAR.

Embora muitos entendam que o aperto de mão vai ser extinto ou, ao menos, vai cair em desuso, muitos outros não pensam assim. E consideram que a saudação voltará ao normal assim que tiver uma vacina que proteja as pessoas contra o novo coronavírus.

Em São José dos Campos, o médico Fernando Bizarria, especialista em imunologia e pneumologia, entende que no momento atual, realmente, esse hábito deve ser evitado. Mas acredita em uma normalização no futuro. "Claro que, em tempos de pandemia, os riscos são maiores e por isso adotamos medidas de afastamento social. Por isso, é importante levarmos a sério, e não darmos as mãos, não abraçarmos e usarmos máscaras", disse o especialista a OVALE.

O médico diz até que o cumprimento faz parte da cultura, especialmente do povo brasileiro. "Para curto prazo, as pessoas devem ter mais receio em dar as mãos, em fazer esse aperto bem típico no Brasil. Mas, para o futuro, acredito que tudo volte ao normal. É bem cultural do Brasil o calor humano, mas no momento precisamos levar isso muito a sério. Depois da vacina, nossas vidas devem voltar ao normal aos poucos. Nos Estados Unidos, não é muito comum o aperto de mão, por isso pode ser que lá mude a rotina. No Brasil, acho bem difícil", ressalta o especialista.

Ele lembra ainda que o coronavírus veio para mostrar que atitudes básicas de higiene, nas quais gosto de chamar de etiquetas básicas de higiene, sempre foram essenciais no dia a dia da população, não só agora em tempos de pandemia. Ou seja, o aperto de mão vai voltar e as medidas de higiene vão se tornar mais frequentes entre as pessoas.

"Temos o costume de apoiar as mãos e em apertar a mão das pessoas, nisso, o vírus pode ser transmitido", disse Bizarria a OVALE..

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