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Consumo de cafés especiais pela internet em alta na região

Amantes da bebida investem em produtos de qualidade e informação durante o isolamento social e proporcionam diversas opções, bastante procuradas, para atender a demanda dos clientes mais exigentes

Por André Leite | 23/05/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Cafe
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Neste domingo, dia 24 de maio, é celebrado o Dia Nacional do Café. Por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus, o consumo da bebida passou por mudanças nos últimos meses.

De um lado, queda no consumo geral. Reflexo do fechamento das cafeterias. De outro, crescimento nas vendas pela internet. Entre os itens procurados não estão só os grãos especiais, mas também acessórios para produção da bebida e cursos. Dados da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais) mostram que as vendas online cresceram cerca de 50%, segundo pesquisa realizada com associados.

De acordo com a empresária e barista Sofia Androulidakis, do Republique Du Café, de Taubaté, há clientes fiéis que consomem os produtos da cafeteria semanalmente por meio do delivery e também do drive thru. Além de diversas bebidas quentes e frias à base de café, a venda de grãos e pó também está em alta.

"São 20 tipos de cafés disponíveis, em pacotes de 250, 500 gramas ou à granel, dependendo do produtor. A moagem também é feita de acordo com o método de extração que o cliente utiliza em casa, pois isso interfere no resultado e na qualidade final da bebida", conta.

No Republique, os cafés têm pontuação entre 84 e 95 (pela BSCA). Ela lembra que com 80 pontos o produto já é considerado especial, mas, segundo Sofia, a partir de 84 é que ele começa a apresentar características diferenciadas e mais interessantes.

Vale conferir as opções de harmonização oferecidas pelo Republique. Entre as novidades está o bolo de milho com cobertura cremosa. A receita, sucesso na cafeteria na versão individual, agora é feita sob encomenda e chega quentinha à casa do cliente.

Cursos. O momento atual também têm refletido na procura por cursos online ligados ao café. Elvio Junior, idealizador do Mestre Cafeeiro - Escola de Café, de São José dos Campos, conta que desde o início da pandemia, o crescimento na procura foi de cerca de 200%.

"Atualmente estamos com o curso online de torra e também de um software específico para o processo. Agora estou finalizando o curso de classificação e outro para estudar as origens, da planta até a bebida chegar à xícara do cliente", afirma Elvio.

E por meio do Mestre Cafeeiro, que também presta consultoria para cafeterias, Elvio ainda faz venda direta de uma variedade de grãos e pós de cafés especiais para os clientes produzirem e consumirem a bebida em casa.

"Se eu puder dar uma dica para ter uma bebida de qualidade em casa é: invista em um moinho, que custa entre R$ 100 e R$ 150 reais. Melhora muito a qualidade da bebida. E compre café de qualidade e de quem vende perto da sua casa. Assim a gente também ajuda a economia local", lembra o mestre cafeeiro..

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