A dublagem é cheia de vozes marcantes que ficam guardadas na memória de quem acompanha desenhos, filmes ou séries. Vi Zedek, de Jacareí, está trilhando a sua carreira para entrar no panteão de vozes conhecidas na dublagem brasileira. Com 27 anos e 4 anos de carreira nesse ramo, a jovem já dublou inúmeros personagens, a maioria deles meninos ou figuras infantis, que se encaixam perfeitamente na voz marcante e teatral de Vi.
"É muito comum que mulheres façam vozes de meninos pequenos. Aqui no Brasil isso acontece e principalmente no Japão", afirma Vi.
A dubladora foi recentemente escolhida para dar voz à versão pequena do Sonic no filme live action que estreou nos cinemas na semana passada e ainda dublar um personagem muito especial: Tails, que aparece no final do filme.
"Eu nem sabia que ia participar do filme. Foi uma sessão muito rápida e não pude contar para ninguém até que o filme fosse lançado", conta ela.
Vi é formada em Rádio e TV e descobriu seu gosto pela dublagem em 2015, depois de um workshop. Depois, foi para a escola de dublagem onde teve aulas com grandes nomes do setor e conseguiu alguns papéis menores.
Seu talento para fazer vozes sempre foi notável. Com senso de humor e carisma, a jovem apresentava eventos na região do Vale do Paraíba e participava de diversos programas de TV.
"Meu desejo sempre foi estar na televisão, eu só não sabia ainda como isso seria", disse Vi. Ela já dublou a personagem Tsuyu no filme do anime Boku no Hero, Broly criança em Dragon Ball Super: Broly - O Filme, Ivan Whisky em Cyborg 009: Call of Justice, entre outros.
Entre papéis em séries, filmes e desenhos, Vi também seguiu com seu canal no YouTube, onde fala sobre seu dia-a-dia como dubladora e publica vídeos de paródia.
Ela até entrou para o ramo dos "memes", fazendo vídeos dublando personagens com sua característica voz infantil.
Uma das versões foi o famoso episódio do reality show Pesadelo na Cozinha, em que o chef Erick Jacquin dá uma bronca em um dono de restaurante que deixa o freezer desligado à noite.
"Me divirto muito fazendo o que faço. É como jogar vídeo game sem o controle remoto", afirma Vi..