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Série 'Sintonia', da Netflix em parceira com a Kondzilla, mostra histórias dentro das comunidades

Por Thais Perez@_thaisperez |
| Tempo de leitura: 2 min
Sintonia
Sintonia

Não dá para negar: ao lado do sertanejo, o funk é o gênero musical mais ouvido do Brasil. Além de ser ritmo dos bailes das periferias, o funk ganha cada vez mais espaço no "mainstream". Seja pela cantora Anitta fazendo dueto com Madonna, ou pela nova série da Netflix, feita em parceria com a Kondzilla Produções, responsável pela maioria dos clipes de funk atuais.

O canal da Kondzilla é o sexto maior canal do YouTube no mundo, com mais de 25 bilhões de visualizações.

"Sintonia", que estreou no streaming no início deste mês para 190 países, conta a história de três jovens amigos moradores de favela da capital de São Paulo.

A trama é narrada do ponto de vista do trio, formado por Doni, Nando e Rita, jovens que cresceram juntos na mesma favela e transformaram suas experiências de infância em caminhos divergentes.

Explorando os universos da música, crime e religião, a série acompanha a vida dos três jovens que muito se relacionam com a realidade da maioria da população brasileira.

João Pedro Carvalho, que interpreta o personagem Doni, também vive essa realidade. Com 19 anos, o jovem já atuou em grandes produções como as novelas Chiquititas e Avenida Brasil, mas mora na comunidade Vila Brasilândia, na periferia de São Paulo, desde que nasceu.

"A história do Doni é muito parecida com a minha, alguém que saiu da periferia e quer se um grande cantor de funk, esse é o sonho dele e o meu", conta João Pedro, que também é conhecido como MC Jottapê.

Ele, assim como seu personagem, faz funk há 5 anos. Ele é dono do hit "Sentou e Gostou", versão funk da música "Old Town Road" e se apresentou no Dunluce Irish Pub, em São José dos Campos, na última sexta-feira.

PEGANDO A VISÃO.

Ao retratar os sonhos e preocupações de jovens da periferia, "Sintonia" foge do lugar comum que as séries e filmes retratam na periferia.

Diferente das produções que tratam somente sobre a violência, a série retrata, por exemplo, a relação familiar de Doni.

Na trama, seu pai não quer que ele siga a carreira musical.

"Ainda existe muito preconceito contra o funk e a série mostra que ele faz parte sim da cultura brasileira. Não é porque um cara canta esse tipo de música que ele é ruim. Todos que estão na periferia são seres humanos", finaliza Jottapê.

Nesta semana, a Kondzilla lançou um novo canal no YouTube, voltado para conteúdo jornalístico. Nele, serão divulgadas entrevistas e assuntos que são relacionados à comunidade, como gravidez na adolescência, entre outros. .

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