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Câmara convoca gerente da Sabesp para falar sobre água suja e falta de água em Taubaté

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O gerente de divisão da Sabesp, Cláudio Katayama
O gerente de divisão da Sabesp, Cláudio Katayama

A Câmara de Taubaté aprovou nessa terça-feira (25), por unanimidade, a convocação do gerente de divisão da Sabesp, Cláudio Katayama, para prestar esclarecimentos sobre episódios de cortes no abastecimento e de fornecimento de ‘água suja’ no município – a última ocorrência, que atingiu diversos bairros da cidade, foi registrada na semana passada.A oitiva deverá ocorrer no dia 16 de junho, uma quarta-feira, às 9h30, na Câmara. O engenheiro deverá responder perguntas sobre quatro temas: a “falta de água em diversos bairros”; entrega de “água suja e fétida logo após a normalização do abastecimento”; “abatimento proporcional de valores na conta de consumo dos munícipes”; e “indenização em forma de compensação pelos prejuízos de estabelecimentos comerciais”.O requerimento de convocação foi assinado pelos vereadores Alberto Barreto (PRTB), Douglas Carbonne (DEM), Jessé Silva (PL), Dentinho (PSL), Marcelo Macedo (MDB), Edson Oliveira (PSD), Neneca (PDT), Nunes Coelho (Republicanos) e Bobi (PSDB).REQUERIMENTOS.Além da convocação, o plenário aprovou nessa terça-feira outros quatro requerimentos relacionados ao contrato entre a Prefeitura de Taubaté e a Sabesp.Dois desses requerimentos foram apresentados pelo vereador Dentinho: um deles questiona quais providências a Prefeitura irá tomar para que esse tipo de problema não se repita; e o outro cobra a fiscalização de uma lei municipal de 2019, que obriga a concessionária responsável pela exploração do abastecimento de água e esgoto sanitário em Taubaté a informar na conta enviada aos moradores quais são os procedimentos em caso de pedido de ressarcimento por falha no serviço prestado.Em outro requerimento, o vereador Coletor Tigrão (Cidadania) cobra informações sobre o cumprimento de uma lei de 2017 que proíbe o fornecimento de ‘água suja’ pela concessionária, e que prevê multa à empresa caso isso aconteça.Já os vereadores Douglas Carbonne e Moisés Pirulito (PL) apresentaram requerimento em que questionam a Prefeitura sobre os investimentos feitos pela Sabesp desde a assinatura do atual contrato com o município, em 2017, com duração de 30 anos.Também foi aprovada uma moção de repúdio à Sabesp “pelo desserviço prestado à população taubateana quanto à qualidade da água e comunicação insuficiente das interrupções”. Esse texto também foi apresentado por Carbonne e Pirulito.OUTRO LADO.Em nota enviada à reportagem, a Sabesp informou que “está à disposição da Câmara” para “prestar todos os esclarecimentos relacionados ao fato” e que “segue também à disposição dos clientes pelos canais de atendimento”.A empresa alegou que na última ocorrência, na quinta-feira passada (20), “o sistema de distribuição de água de Taubaté foi afetado” por uma “interrupção no fornecimento de energia pela EDP”. “A paralisação prejudicou a captação da água bruta que é encaminhada à ETA [Estação de Tratamento de Água] e depois distribuída para Taubaté, Tremembé e parte de Caçapava. A parada de energia teve duração superior à prevista. O abastecimento foi normalizado gradativamente e, em alguns casos, o retorno da água nas tubulações alterou momentaneamente o padrão da água, sem se tornar nocivo à saúde. Para minimizar esses efeitos, a Sabesp intensificou as descargas no sistema nesses locais”, argumentou a empresa, que informou ainda que “todas as ocorrências registradas nos canais de atendimento da companhia estão sendo analisadas individualmente e os clientes orientados sobre o andamento das demandas”.

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