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'Papai matou a mamãe', diz filha após feminicídio

Por Da redação | Brasil
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Uma criança de apenas cinco anos teria repetido, em choque, a frase “papai matou a mamãe” após presenciar o assassinato da própria mãe, de 26 anos, morta a tiros dentro de casa na madrugada desta quarta-feira (31), no bairro Jardim América, na região Oeste de Belo Horizonte (MG). O principal suspeito é o ex-namorado da vítima, de 28 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.

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Segundo informações repassadas pela família, o homem pulou o muro da residência e entrou pela janela do quarto, onde a vítima dormia ao lado da filha. A mulher, identificada como Cinthya Micaelli Soares Rolliz, foi atingida por seis disparos no rosto e morreu no local. A criança não foi ferida fisicamente, mas ficou em estado de choque após presenciar a cena.

Medida protetiva e histórico de ameaças

Em entrevista concedida à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, a mãe da vítima, Ângela Fernandes Soares, afirmou que a filha estava separada do agressor havia cerca de três meses e possuía medida protetiva contra ele. De acordo com o relato, o ex-companheiro fazia ameaças constantes e demonstrava comportamento agressivo e obsessivo.

“Ela não atendia mais as ligações dele. Ele não aceitava o fim do relacionamento e chegou a dizer para mim que iria encher o rosto dela de tiros”, afirmou a mãe, emocionada.

Ainda segundo a família, mesmo após o término, o suspeito continuava rondando a casa e o local de trabalho da vítima, além de ignorar as restrições impostas pela Justiça.

Criança presenciou o crime

A mãe de Cinthya relatou que a neta dormia ao lado da vítima no momento do ataque. Após os disparos, a menina teria corrido pela casa, repetindo a frase que dá dimensão da brutalidade do crime. “Ela está em choque. É uma crueldade sem tamanho”, disse Ângela.

A família informou que já havia registrado boletins de ocorrência anteriores contra o suspeito. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil como feminicídio, crime caracterizado pelo assassinato de mulher em contexto de violência doméstica ou de gênero.

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