Com dezembro atropelando, entre confraternizações, balanços silenciosos e promessas paraesse novo ano, assisti e ouvi de muitas clientes e seguidoras umaconstatação mais frequente do que gostaria: não foi a falta de roupas que dificultou as escolhas na imagem ao longo do ano. Foi a falta de clareza.
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Clareza sobre quem somos hoje. Sobre a imagem que queremos projetar.Sobre o estilo que desejamos expressar. Sobre a vida que estamos, de fato, construindo.
Foi nesse período –fechando um ano para começar um novo– quemuitas mulheres percebem que algo não fechou. O armário continua cheio, as gavetas seguem ocupadas, algumas etiquetas ainda penduradas e, mesmo assim, a sensação é a mesma: “nada me representa”.
Isso acontece porque, ao longo do ano, fomos mudando - emocionalmente, profissionalmente, fisicamente, energeticamente - mas o guarda-roupa ficou preso a versões antigas de nós mesmas. Compras feitas por impulso, escolhas guiadas por tendências passageiras, decisões tomadas no automático, sem intenção real. O resultado? Um armário que não acompanha a evolução da mulher que o habita.
E é aí que a famosa frase “não tenho roupa” aparece. Não como falta de peças, mas como sintoma de desalinhamento.
A verdade é que direção no vestir é direção de vida
Quando não sabemos o que queremos comunicar, qualquer roupa parece errada.
Quando não entendemos nossa fase atual, nossa rotina, nosso corpo e nossos objetivos, o vestir deixa de ser ferramenta e vira ruído.
Muitas mulheres acreditam que o problema está nelas: “não sei me vestir”, “não tenho estilo”, “meu corpo não ajuda”. Mas, na prática, o que falta não é bom gosto, não é corpo malhado, é leitura interna. Não aprendemos a olhar para dentro antes de olhar para o armário, a entender a dinâmica do nosso dia e dos nossos objetivos, a ler cenários, oportunidades e rotina para entender se aquela tendência ou aquela proposta de look é a perfeita ou só “mais uma belezura para enfeitar o guarda-roupa”
Quando existe clareza, tudo muda.O espelho deixa de ser cruel e passa a ser honesto.O vestir deixa de ser caótico e se torna leve.As escolhas ficam mais simples.
O armário começa a funcionar a favor, não contra. A ansiedade e a confusão ao se vestir (representada por aquela pilha de roupas após cada decisão do que usar) dá espaço para um momento de amor próprio, expressão de identidade, autenticidade e objetividade.
Entender seu estilo pessoal, suas cores, suas proporções, sua rotina real (e não a idealizada) e os objetivos que você quer alcançar transforma completamente a relação com a imagem. A roupa deixa de ser apenas estética e passa a ser estratégia, presença, comunicação. Você passa a perceber que imagem pessoal não é vaidade superficial. É posicionamento. É coerência. É alinhar quem você é por dentro com o que o mundo enxerga por fora.
Se você sentiu que passou 2025 inteira tentando “se encontrar” na frente do espelho ou da porta do guarda-roupa, saiba: não precisa carregar essa sensação para este novo ano. O início de um ciclo é um convite à revisão e também à decisão.
E se, ao fazer seu balanço, você percebeu que sua imagem te segurou mais do que te impulsionou, que tal fazer 2026 ser o ano de fazer diferente. Com mais consciência, menos excesso. Com mais intenção, menos improviso. Com mais verdade.
O caminho começa com informação, orientação e escolhas feitas com propósito. Então façamos um combinado: se permita durante este ano acompanhar e refletir sobre os temas que trago para vocês por aqui, na coluna, na TV e também nas minhas redes sociais. Para que juntas possamos debater, conversar e construir um ano onde você finalmente se vê, se entende e se veste com direção.
Porque vestir-se bem não é sobre ter mais roupas, é antes de tudo sobre se reconhecer nelas. E isso muda tudo.