CRIME

Família de jovem baleado em perseguição com GCM cobra Justiça

Por Jesse Nascimento | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Pixabay
Família cobra investigação após jovem ser baleado pela GCM em SJC
Família cobra investigação após jovem ser baleado pela GCM em SJC

Um jovem baleado em perseguição da GCM (Guarda Civil Municipal) em São José dos Campos está internado em estado grave após ser atingido, segundo relato do pai, por pelo menos três disparos nas costas durante uma ocorrência na madrugada de Natal, no Jardim Jussara, zona leste da cidade.

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O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária como lesão corporal de natureza grave e gravíssima, sem autoria definida, e descrito no boletim como “averiguação de abuso de autoridade”. A ocorrência teria envolvido guardas civis municipais que, conforme o depoimento do pai, perseguiram o jovem quando ele saía de moto com os irmãos. A Prefeitura de São José dos Campos foi procurada para comentar o caso e ainda não se manifestou.

Como foi o caso do jovem baleado em perseguição da GCM em São José dos Campos

De acordo com o depoimento do pai do jovem baleado em perseguição da GCM em São José dos Campos, por volta da 1h da manhã desta quinta-feira (25), os irmãos saíam com suas motocicletas quando uma equipe da Guarda Civil Municipal ligou as sirenes e passou a persegui-los.

Assustado, o jovem teria acelerado a moto, acreditando que os guardas estavam atirando em sua direção. O pai contou à Polícia Civil que, ao presenciar a situação, saiu imediatamente para procurar o filho pelas ruas do bairro e o encontrou caído na via, em frente a uma oficina de autoelétrica, com pelo menos três ferimentos de tiro nas costas.

O pai afirma ainda que os guardas permaneceram no local, mas não socorreram a vítima. Diante disso, ele mesmo colocou o filho no carro da família e o levou ao Hospital da Vila Industrial, onde o jovem permanece internado em estado grave, segundo o boletim de ocorrência.

Boletim registra jovem baleado em perseguição da GCM em São José dos Campos como lesão grave e gravíssima

O boletim de ocorrência classifica o caso como lesão corporal de natureza grave – por perigo de vida e incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias – e lesão corporal de natureza gravíssima, pela possível perda ou inutilização de membro, sentido ou função.

A ocorrência foi registrada como sem autoria, uma vez que, até o momento da elaboração do documento, não havia identificação individualizada dos guardas municipais que teriam participado da perseguição. O texto ressalta que o local dos fatos não foi preservado, o que prejudicou a realização de exame pericial detalhado na cena.  O delegado responsável requisitou exame no IML para avaliação das lesões da vítima.

A investigação deverá ouvir os guardas supostamente envolvidos, verificar imagens de câmeras na região e cruzar informações de registros internos da corporação.

Casos que envolvem forças de segurança já foram tema de outras reportagens no Vale 360 News, como o episódio em que GCMs foram recebidos a tiros, reagiram e feriram um suspeito em Taubaté e o acidente em que uma viatura da Romu capotou em São José dos Campos, deixando guardas feridos.

Jardim Jussara volta ao foco após jovem baleado em perseguição da GCM

O bairro Jardim Jussara, palco do caso do jovem baleado em perseguição da GCM em São José dos Campos, já foi cenário de outras ocorrências graves. Em 2023, um idoso de 98 anos foi vítima de latrocínio na região, crime que chocou moradores e reforçou o debate sobre segurança pública no entorno.

O novo caso reacende discussões sobre protocolos de perseguição, uso progressivo da força e responsabilidade das forças de segurança em ocorrências com motociclistas, tema que também aparece em outras cidades do Vale do Paraíba.

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