SOB SUSPEITA

Polícia apura morte de Charlene em São José após queda de varanda

Por Jesse Nascimento | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Charlene Vieira, de 45 anos
Charlene Vieira, de 45 anos

A Polícia Civil investiga a morte de Charlene Vieira, de 45 anos, que caiu da varanda de um prédio no Jardim Bela Vista, região central de São José dos Campos.

O caso é tratado como morte suspeita, e a hipótese inicial de suicídio passou a ser questionada após relatos de uma discussão entre a vítima e o namorado momentos antes da queda.

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De acordo com o boletim de ocorrência, moradores do prédio relataram aos policiais que ouviram uma discussão acalorada do casal, seguida pelo grito de uma mulher. Minutos depois, Charlene foi encontrada caída ao solo.

A informação inicial repassada à Polícia Militar apontava a possibilidade de que a vítima tivesse sido arremessada da varanda do imóvel, o que levou à abertura de investigação pela Polícia Civil.

Ocorrência foi registrada como violência doméstica

O caso foi registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) após acionamento para atendimento de violência doméstica. No local, os policiais encontraram Charlene consciente, porém debilitada.

Segundo o registro policial, ao ser questionada, a vítima afirmou não se lembrar da dinâmica da queda e, naquele momento, não atribuiu diretamente ao namorado, de 34 anos, a responsabilidade pelo ocorrido.

Vítima foi socorrida, mas não resistiu

Charlene chegou a ser socorrida e encaminhada ao Pronto-Socorro da Vila Industrial, onde recebeu atendimento médico. Dias depois, o irmão da vítima comunicou oficialmente o óbito à polícia.

A ocorrência teve início na noite de 6 de dezembro, em um endereço da Avenida Marechal Castelo Branco, no Jardim Bela Vista.

Áudios e mensagens reforçam dúvidas sobre suicídio

A Polícia Civil registrou no boletim a existência de “dúvida razoável” quanto à hipótese de suicídio. Dias após o caso, o irmão da vítima retornou à delegacia e entregou áudios, vídeos e prints de mensagens compartilhados em um grupo de WhatsApp de moradores do prédio.

Entre os materiais analisados está um áudio gravado logo após a queda, que passou a integrar o inquérito. O diálogo é tratado como peça de contexto relevante por trazer uma acusação direta (“Por que você fez isso?”) e uma negação (“Você viu eu jogando? Eu nunca fiz isso”), além da menção a uma briga momentos antes do ocorrido.

Investigação busca esclarecer dinâmica da queda

O namorado de Charlene foi ouvido e apresentou sua versão dos fatos. Segundo a Polícia Civil, não havia testemunhas presenciais no momento exato da queda.

A investigação segue com a análise de laudos periciais, depoimentos formais e a possível obtenção de imagens de câmeras de segurança, caso existam. Até o momento, não há conclusão pública sobre a ocorrência de crime.

DDM funciona 24 horas em São José dos Campos

O inquérito segue sob responsabilidade da Delegacia de Defesa da Mulher, que funciona 24 horas em São José dos Campos e é responsável por apurar casos de violência doméstica e familiar. Vítimas e testemunhas podem procurar atendimento diretamente na unidade ou acionar a Polícia Militar pelo 190.

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