O bebê Tyller Kauan da Cruz Carvalho, de apenas 1 ano, foi encontrado morto sobre uma cama dentro de uma residência no bairro Sertão da Quina, em Ubatuba, na manhã deste sábado (20).
A mãe, de 30 anos, e o padrasto, de 41, foram presos em flagrante pela Polícia Civil, suspeitos de abandono de incapaz com resultado morte. O caso pode ser reclassificado para homicídio doloso, dependendo do laudo da necropsia.
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Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada via Copom após pedido de apoio do Samu, que atendia uma ocorrência de morte suspeita em uma casa na rua Arapongas. No local, os policiais encontraram o bebê sozinho em um dos quartos, deitado sobre a cama e sem sinais vitais. O óbito foi confirmado por uma médica do Samu.
A mãe e o padrasto estavam do lado de fora do imóvel no momento da chegada das equipes. Ambos foram detidos e levados à delegacia, onde permaneceram presos por determinação da autoridade policial.
Relatos apontam negligência e abandono
Testemunhas relataram à polícia que a criança chorou intensamente durante a madrugada e a manhã, possivelmente em razão do calor. Um vizinho afirmou ter visto o padrasto consumindo bebida alcoólica ainda pela manhã, enquanto a mãe teria saído de casa, retornando apenas horas depois.
De acordo com os depoimentos, a situação de negligência seria recorrente, com relatos de uso frequente de álcool e drogas, além de conflitos domésticos envolvendo o casal.
Histórico de intervenção judicial
A Polícia Militar informou que, quatro dias antes da morte, esteve no mesmo endereço para acompanhar o cumprimento de uma ordem judicial que retirou a guarda de outra criança do casal, que passou a viver sob os cuidados da avó paterna.
A perícia técnica realizou exames no local e no corpo da criança. Um laudo preliminar apontou indícios de falta de cuidados básicos, mas a causa da morte será confirmada somente após os exames necroscópicos e laboratoriais.
Prisão em flagrante
O delegado responsável decretou a prisão em flagrante do casal e solicitou a conversão para prisão preventiva, destacando a gravidade do caso, o risco à ordem pública e a necessidade de preservar a investigação. A polícia apura se houve homicídio por omissão ou dolo eventual.
O caso segue sob investigação pela Delegacia de Polícia de Ubatuba.