ABANDONO

Polêmica: 'Tutora' abandona macaco com adestrador em São José

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Macaco-prego
Macaco-prego

A Polícia Militar Ambiental esclareceu informações que vêm sendo divulgadas nas redes sociais sobre a suposta destinação irregular de um macaco-prego e uma tentativa da antiga tutora de reaver o animal. Segundo a corporação, o caso trata-se de uma entrega voluntária realizada na base do 3º Pelotão da Polícia Ambiental, em São José dos Campos.

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De acordo com a Polícia Ambiental, quem realizou a entrega foi um adestrador de animais, que informou estar com o macaco-prego há nove meses. Segundo ele, a tutora não retornou ao local para buscar o animal durante todo esse período. Diante da situação e da ausência de documentação legal que autorizasse a permanência do primata em seu estabelecimento, o adestrador decidiu efetuar a entrega voluntária às autoridades ambientais.

Para garantir a integridade física e o bem-estar do animal, a Polícia Ambiental informou que manteve contato com diversas instituições credenciadas e aptas para o recebimento do macaco-prego. Após alguns dias, o animal foi destinado a um profissional habilitado, que passou a oferecer os cuidados necessários para preservar a saúde do primata, sem causar alterações fisiológicas decorrentes da mudança de ambiente.

Após a destinação, o 3º Pelotão da Polícia Ambiental passou a receber ligações de representantes legais da antiga tutora, com questionamentos sobre o destino e as condições do animal. A corporação ressaltou que o macaco-prego foi entregue de forma voluntária, não havendo apreensão forçada.

Ainda conforme a Polícia Ambiental, um advogado informou que a antiga tutora figurava como fiel depositária do animal e, nessa condição, não poderia transferir a tutela a terceiros sem comunicar previamente as autoridades competentes, sob pena de sanções administrativas, incluindo multa.

Durante a apuração, foi constatado que o macaco-prego era resultado de uma autuação ambiental realizada na cidade de Barretos, uma vez que não foi apresentada documentação que comprovasse a origem legal do animal pelas antigas tutoras.

Em razão da transferência irregular da tutela do primata para outra pessoa por um período de nove meses, sem autorização ou comunicação aos órgãos ambientais, a antiga fiel depositária foi autuada com base no artigo 76 da Resolução SIMA nº 005/2021, que trata da movimentação e transferência irregular de animais silvestres entre municípios.

O caso segue sob acompanhamento das autoridades ambientais.

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