ROTA DE COLISÃO

Pesquisadores de SJC criam modelo para acompanhar lixo espacial

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 1 min
Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP
Anel de detritos
Anel de detritos

Pesquisadores do ICT (Instituto de Ciência e Tecnologia) da Unesp em São José dos Campos desenvolveram um modelo matemático capaz de identificar detritos espaciais com maior risco de colisão com a Terra.

O estudo foca no fenômeno da "ressonância orbital", que pode desviar a rota de fragmentos e ameaçar missões espaciais em curso.

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Lixo em órbita

Desde o lançamento do Sputnik 1 em 1957, mais de 6.000 lançamentos geraram um "anel" de resíduos ao redor da Terra.

Atualmente, estima-se a existência de 500 mil detritos entre 1 cm e 10 cm, além de mais de 100 milhões de fragmentos menores que 1 mm.

Esse acúmulo pode gerar a "síndrome de Kessler", um efeito dominó em que colisões sucessivas criam novos fragmentos, tornando futuras explorações espaciais inviáveis.

Pesquisa joseense

O grupo de São José dos Campos utilizou bases de dados globais para simular a evolução de 210 órbitas ao longo de aproximadamente 33 anos.

Com o resultado, fizeram um mapeamento que ajuda a garantir a segurança de satélites e evitar o desperdício de recursos em missões mal planejadas. 

Recentemente, o Brasil iniciou a implementação de uma rede própria de telescópios para monitorar o lixo espacial, o que permitirá ao país gerir de forma independente os riscos para as missões nacionais.

O estudo conclui que, além do monitoramento assertivo possibilitado pelo novo modelo matemático, é fundamental que agências globais iniciem planos de limpeza espacial para remover os resíduos acumulados nas últimas sete décadas.

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