Tainara Souza Santos, 31 anos, que está internada desde o último dia 29 de novembro, após ser atropelada e arrastada por 1 quilômetro por Douglas Alves da Silva, abriu os olhos e se emocionou ao ver os familiares no hospital. O relato é da família da vítima, que a visitou na noite da última quinta-feira (11).
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De acordo com um relato gravado por sua mãe, Lúcia Aparecida Souza da Silva, Tainara "abriu os olhos" e, ao ver a família, quis tirar o tubo — devido à complexidade dos ferimentos, ela está intubada desde o dia do acidente. "Eu falei 'mãe' e ela começou a ficar agitada", diz Lúcia.
A expectativa é que, nos próximos dias, o tubo seja retirado da jovem. Por enquanto, ela se recupera de diversos procedimentos médicos que realizou desde o dia do atropelamento. "Minha filha é guerreira e vai tirar isso de letra. Só de abrir o olho eu já agradeci muito a Deus", afirma Lúcia.
Ela está internada no Hospital das Clínicas. Procurada pela reportagem do UOL, a instituição de saúde afirma que não tem autorização para passar informações sobre a paciente.
O caso.
Douglas Alves da Silva, 26 anos, virou réu sob acusação de tentativa de feminicídio contra Tainara e tentativa de homicídio contra um rapaz que a acompanhava naquela data.
O atropelamento ocorreu na manhã do último dia 29 no Parque Novo Mundo, na zona norte de São Paulo. O motorista atingiu Tainara com um Golf preto em uma avenida que dá acesso à marginal Tietê e continuou dirigindo mesmo com o corpo dela preso ao veículo.
Câmeras de segurança registraram o atropelamento. Motoristas que estavam nas proximidades também filmaram o carro com o corpo da mulher sendo arrastado em um trecho da marginal.
Um funcionário do estabelecimento disse à polícia que o motorista agiu de forma intencional, atropelando e passando por cima da vítima. Quando a mulher já estava sob o veículo, o motorista ainda teria puxado o freio de mão e feito movimentos bruscos com o carro.
Familiares de Tainara e um advogado da família afirmaram que eles tiveram um breve relacionamento, que já havia terminado por iniciativa dela.
O advogado Marcos Leal, que defende Douglas, afirmou que ele não tinha intenção de atingir Tainara, mas sim o homem que caminhava ao seu lado na saída de um bar. Ele alega que Douglas não conhecia Tainara e nunca teve uma relação com ela — o que contradiz relatos da família de Tainara e de um amigo de Douglas que estava dentro do veículo no momento do atropelamento.
Douglas também negou à polícia que o atropelamento tenha sido proposital e afirma que não conhecia Tainara ou seu acompanhante. Ele ainda afirmou não ter percebido o alerta de outros motoristas de que a vítima estava sendo arrastada pelo seu veículo. De acordo com ele, deixou o local com medo de ser agredido.
O passageiro do carro afirmou que Douglas ficou furioso ao chegar a um bar e ver Tainara na companhia de outro homem. Disse também que ele teve a intenção de atingi-la. O motorista foi preso no dia seguinte ao crime.
* Com informações do portal UOL