O Ministério Público de São Paulo pediu a exumação do corpo da influenciadora Bárbara Jankavski Marquez para verificar se ela foi vítima de asfixia e morte violenta. A Promotoria também requisitou novos exames para esclarecer a causa do óbito, inicialmente atribuída a um infarto provocado por uso de cocaína.
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O pedido ocorre após o MP apontar que foram identificadas marcas e lesões no pescoço da jovem, compatíveis com possível asfixia mecânica. O órgão quer uma nova perícia com exame necroscópico complementar, além de radiografias da região cervical e análise de DNA sob as unhas da influenciadora, para verificar se há indícios de defesa contra agressão.
A Justiça ainda não autorizou a exumação do corpo. O caso é tratado como morte suspeita pela Polícia Civil, e o inquérito segue em andamento.
O caso
Bárbara, de 31 anos, conhecida nas redes sociais como “Boneca Desumana”, morreu em 2 de novembro. Ela foi encontrada sem vida pela Polícia Militar na casa do defensor público Renato De Vitto, de 51 anos, na Lapa, Zona Oeste da capital, seminua e com marcas pelo corpo.
Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal indicou que a morte ocorreu por infarto decorrente do consumo de cocaína. A equipe do 7º Distrito Policial havia concluído que a influenciadora sofreu uma morte acidental, descartando hipótese de crime. Para os investigadores, as lesões observadas não tinham relação com violência.
Mudança na investigação
Após solicitações do Ministério Público e dos advogados da família da influenciadora, a Justiça decidiu transferir o caso do 7º DP para o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A decisão, tomada na semana passada, considerou a existência de indícios de possível crime doloso contra a vida.
A Promotoria e a família de Bárbara sustentam que ela apresentava sinais de violência física, como marcas no olho, no pescoço e nas pernas. Eles pedem que outras três pessoas que estavam na residência no dia da morte sejam investigadas para verificar eventual participação no caso.
Até o momento, não há confirmação de homicídio, e nenhum suspeito foi apontado. O DHPP tem prazo inicial até o começo de março de 2026 para concluir as apurações, podendo solicitar extensão desse período.
O que diz o defensor público
Em depoimento, Renato De Vitto afirmou que contratou Bárbara como garota de programa e que ambos consumiram cocaína. Segundo ele, a influenciadora adormeceu e não despertou mais. Ele relatou ter acionado o Samu e tentado reanimá-la por cerca de nove minutos antes da chegada da equipe médica, que constatou o óbito no local.
Como a primeira investigação não identificou crime, o defensor público e as outras duas pessoas presentes foram ouvidos apenas como testemunhas. Uma amiga de Renato afirmou ter visto Bárbara cair e se machucar, o que explicaria algumas lesões.
‘Boneca Desumana’
Além da forte presença nas redes sociais, Bárbara chamava atenção por ter realizado 27 cirurgias plásticas, investimento que, segundo ela, somava mais de R$ 300 mil, para se aproximar da aparência da boneca Barbie. Suas contas no Instagram e no TikTok acumulam mais de 400 mil seguidores.