Uma menina de 1 ano e 11 meses está internada em estado gravíssimo no Hospital Regional de São José dos Campos após dar entrada na unidade com múltiplas lesões pelo corpo, na noite desta terça-feira (9).
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A Polícia Civil investiga suspeita de maus-tratos, já que o quadro clínico da criança é compatível com possível morte encefálica, segundo avaliação médica.
De acordo com o boletim de ocorrência, a menina foi transferida de Cruzeiro, no Vale do Paraíba, após passar por atendimento inicial na cidade de origem. Na chegada ao Hospital Regional, no Parque Industrial, a equipe médica desconfiou que as lesões não condiziam com a versão de acidente doméstico apresentada pela mãe.
Na noite de terça-feira (9), muito abalado, o pai da criança esteve na delegacia. A cena foi flagrada pela página Olho Vivo do Vale.
Lesões levantaram suspeita no hospital de SJC
A Polícia Militar foi acionada por volta de 22h30, via Copom, com a informação de que uma criança havia sido internada em estado crítico. No hospital, policiais conversaram com a direção, com a assistente social e com a advogada da unidade, que relataram a gravidade das lesões.
A mãe, de 28 anos, afirmou que a filha teria caído de pequena altura enquanto estava sob os cuidados do padrasto, de 27 anos. Porém, segundo a equipe médica, os ferimentos tinham distribuição e características incompatíveis com uma queda simples.
O policial que registrou a ocorrência relatou hematomas em várias partes do corpo da menina, incluindo uma marca na coxa semelhante ao contorno de uma mão, além de lesões extensas na cabeça que não se encaixam na dinâmica descrita pela mãe.
Quadro é gravíssimo e há protocolo de morte encefálica
Os médicos do Hospital Regional informaram que o estado da criança é considerado “gravíssimo” e que há indicação de possível morte encefálica, ainda em avaliação. A unidade segue protocolo técnico de até 60 horas para confirmar ou descartar o diagnóstico.
Durante o atendimento, profissionais relataram que a mãe deixou o hospital e não retornou, o que aumentou a preocupação da equipe e foi registrado no boletim.
Pai compareceu; mãe e padrasto serão investigados
Quem compareceu posteriormente ao hospital foi o pai da menina, também de 28 anos, que foi informado sobre o estado crítico da filha e sobre a suspeita de agressões.
Como a mãe e o padrasto não foram conduzidos ao plantão policial no momento, o delegado determinou que ambos sejam ouvidos formalmente, assim como os policiais militares responsáveis pelo primeiro atendimento.
Caso será desdobrado para Cruzeiro
Embora o boletim tenha sido formalizado em São José dos Campos, a criança saiu de Cruzeiro. Por isso, a investigação sobre a suspeita de maus-tratos será desdobrada para o Distrito Policial responsável pela área onde teriam ocorrido as agressões.