CRIME

Luis é morto à queima-roupa em SJC: 7 tiros no Campo dos Alemães

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Da redação
Reprodução
Luis Henrique Rodrigues Alves de França, de 35 anos
Luis Henrique Rodrigues Alves de França, de 35 anos

A Polícia Civil investiga a morte de Luis Henrique Rodrigues Alves de França, de 35 anos, baleado e morto na tarde de sábado (6) na zona sul de São José dos Campos. O crime aconteceu por volta das 16h30, na rua Elis Regina, no Campo dos Alemães.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp

De acordo com o boletim de ocorrência, Guardas Civis Municipais patrulhavam a avenida dos Sindicalistas quando foram informados, via monitoramento, de que um motociclista havia efetuado disparos de arma de fogo na região. Inicialmente, não havia confirmação de vítima. Pouco depois, porém, surgiu a informação de um homem baleado na esquina da rua Elis Regina com a avenida dos Evangélicos.

Ao chegar ao local, a equipe encontrou Luis Henrique caído na via pública, já sem sinais vitais. A área foi isolada e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)
acionado. A médica da unidade apenas constatou o óbito.

Execução à queima-roupa.

No local, peritos criminais identificaram que a vítima apresentava múltiplos ferimentos por disparo de arma de fogo: perfurações nas costas, glúteos, braço e mão esquerdos e ombro direito. Ao redor do corpo foram recolhidas sete cápsulas e dois projéteis de munições calibres .40 e .45, além de um celular e um controle remoto de portão que estavam com a vítima.

A dinâmica apontada pelos vestígios e pela forma como os disparos foram feitos levou a Polícia Civil a registrar o caso como homicídio qualificado, praticado de forma que dificultou a defesa da vítima, uma espécie de emboscada.

Moto suspeita.

Imagens do sistema de monitoramento da região teriam flagrado a movimentação de uma motocicleta logo após os disparos. O veículo foi identificado como uma Yamaha Fazer 250 azul, que, segundo o registro, passou por radares algum tempo depois já na cidade de São Paulo.

Moradores relataram aos guardas que a moto havia circulado várias vezes pelo bairro durante o dia, chamando atenção porque os ocupantes usavam casaco e capacete completo, mesmo com o forte calor,  o que reforça a suspeita de que a dupla já monitorava a rotina da vítima antes do ataque.

Não houve, até o momento, testemunhas presenciais que tenham visto o momento exato dos disparos ou reconhecido os autores. No boletim, eles aparecem como “autores desconhecidos”.

Vítima.

Na delegacia, o cunhado da vítima contou que foi avisado pela esposa, irmã de Luis Henrique, logo após o crime. Ela teria ouvido estampidos na rua, saiu ao portão e foi informada de que o homem baleado era o irmão.

Ele relatou que Luis Henrique havia deixado o sistema prisional em junho deste ano, após cumprir pena em Dracena, e desde então levava uma rotina irregular, ficando alguns dias na casa da mãe e depois desaparecendo por períodos. Ele disse não ter conhecimento de ameaças recentes ou desavenças que pudessem motivar o assassinato.

Investigação.

Após ser informado do caso, o delegado plantonista acionou a equipe da Delegacia de Homicídios e requisitou perícia de local de crime. A cena foi periciada e fotografada, e o corpo encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde será feito o exame necroscópico que vai detalhar a quantidade e a trajetória dos disparos.

Também foram solicitadas imagens de câmeras do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) e de outros pontos próximos ao local do crime, com o objetivo de rastrear o trajeto da motocicleta suspeita e identificar os autores.

O caso foi registrado no 3º DP (Distrito Policial) de São José e será aprofundado pela equipe responsável pela área. Até a última atualização, ninguém havia sido preso.

Comentários

Comentários