A morte de Júlio César de Souza Oliveira, de 39 anos, provocou forte comoção durante seu velório e sepultamento, realizados nesta sexta-feira (5) no Cemitério Municipal de Eugênio de Melo, na zona leste de São José dos Campos. Amigos e familiares se reuniram para se despedir e exigir Justiça após o ataque que tirou sua vida no bairro Campos de São José.
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Ataque.
Júlio, que trabalhava prestando serviços na região e era conhecido pelos moradores, teria sido convidado a entrar em uma residência quando foi surpreendido por um grupo de cães. Segundo familiares, mais de dez animais, alguns de raça pitbull ou mestiços, o atacaram assim que ele entrou no imóvel.
O primeiro cão teria avançado, fazendo com que a vítima caísse, momento em que os demais também o morderam. “Ele gritava por socorro, dizia para alguém ajudar. Os cachorros acabaram com ele”, relatou uma parente, ainda muito abalada. O ataque deixou ferimentos graves, incluindo mutilações nas pernas, no rosto e no crânio.
Dúvidas.
A Polícia Militar foi acionada por volta de 1h20 da manhã, mas Júlio já estava morto quando a equipe chegou. Para a família, há questões que precisam ser esclarecidas:
A comunicação sobre o ataque não foi imediata;
Os parentes só souberam da morte horas depois, quando o corpo já havia sido removido;
Há suspeitas de responsabilidade da moradora que o recebeu no imóvel.
“Quem vai responder por isso? Ela desapareceu, os cães continuam lá. A gente quer Justiça”, afirmou uma sobrinha. Moradores afirmaram ter ouvido os pedidos de socorro — um deles disse que a espera pelo atendimento durou cerca de uma hora.
Investigação.
A ocorrência foi registrada como morte suspeita.
A Prefeitura informou que o Centro de Controle de Zoonoses só atua em casos de animais soltos ou sem responsável, por isso a apuração segue com a Polícia Civil.
Justiça.
Durante o sepultamento, familiares disseram que irão procurar apoio jurídico e cobrar responsabilização. “Ninguém espera uma tragédia dessas. Não vamos deixar isso passar”, afirmou um irmão.
A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo pericial, que deverá indicar a dinâmica do ataque e possíveis falhas na guarda dos animais. Enquanto isso, a dor e o pedido por Justiça permanecem entre parentes e amigos: “Ele era um homem simples, trabalhador. O que aconteceu com ele não pode acontecer com mais ninguém”, resumiu um familiar.