Turistas e moradores apontam grande quantidade de bagres mortos espalhados pela faixa de areia da praia Martim de Sá, em Caraguatatuba. Ao menos três pessoas foram feridas pelo ferrão do peixe e socorridas em unidades de saúde da região. A prefeitura aponta que a atividade pesqueira e a toxicidade podem ser responsáveis pela morte dos peixes. Caso está sob análise.
Uma quantidade excessiva de peixes mortos da espécie Genidens genidens, conhecida como bagre, foi identificada na faixa de areia em Caraguatatuba. Há registro de três pessoas que foram perfuradas pelo 'ferrão' do peixe que causa dores, inchaço na região, podendo evoluir para febre, necrose e infecção. O ferrão permanece ativo por horas, mesmo após a morte da espécie.
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As ocorrências foram registradas entre os dias 29 e 30, último fim de semana do mês de novembro.
A Prefeitura, por meio de nota, afirma que há diversas justificativas para a quantidade excessiva desses peixes na areia, mas que isso não é inédito.
O descarte da espécie ao mar por captura acidental durante a pesca faz com que a maré os traga para a costa, mas a morte dos peixes pode também ser justificada pela toxicidade e diminuição do oxigênio na água.
Ainda segundo a administração do município, também foram reportados casos de aparecimento dos bagres em outras praias da região em São Sebastião e Ubatuba.
A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, em parceria com o Instituto Argonauta e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), está realizando a coleta das espécies para estudo da toxicidade. Além disso, também será realizada a análise da água do mar. “Somente após análises será possível traçar um panorama daquilo que pode ter acontecido para ocasionar a mortandade”, diz a nota.