O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovou o tombamento do Palacete 10 de Julho, sede da Secretaria de Cultura e Turismo de Pindamonhangaba. A edificação, um importante marco arquitetônico e histórico da cidade, passa a estar oficialmente inscrita nos Livros de Tombo das Belas Artes e do Histórico.
O tombamento aconteceu no mês de novembro, em reconhecimento ao valor arquitetônico do palacete e, principalmente, sua representação na memória da escravidão durante o ciclo do café no Brasil. O prédio também abriga o CMBHM (Centro de Memória Barão Homem de Mello), guardando o arquivo histórico municipal.
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Pindamonhangaba foi um centro de residências monumentais no século 19, contexto em que surgiu o Palacete 10 de Julho. Projetada pelo arquiteto francês Charles Peyrouton e executada entre 1866 e 1876, a obra pertencia inicialmente ao Barão de Itapeva e era conhecida como "Palacete Itapeva", recebendo o nome atual em homenagem à emancipação da cidade. Em 1928, foi adquirido pelo poder público municipal. Serviu como sede da Câmara Municipal e da Prefeitura, sendo reaberto ao público em 20214 como espaço cultural.
Sete quadros de pintura a óleo que integram o acervo local também fazem parte do tombamento.
Ao se tornar patrimônio cultural nacional, o Palacete garante que sua história, que aborda o poder dos barões do café e a escravidão, continue a ser contada, estudada e preservada por todas as gerações.