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Tarifaço de Trump causa impacto de R$ 144 mi a aviões da Embraer

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Jato executivo da Embraer
Jato executivo da Embraer

As tarifas de importação impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, já somaram impactos de R$ 144 milhões (de acordo com a atual cotação do dólar) para a Embraer neste ano. A empresa escapou da sobretaxa de 40%, mas continua com taxa de 10% para seus produtos entrarem nos Estados Unidos.

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Durante conferência de resultados financeiros nessa semana, o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, explicou que o tarifaço prejudica a fabricante em dois aspectos.

“As peças que a Embraer envia para os Estados Unidos, para montagem dos aviões executivos, estão sofrendo o pagamento da alíquota. Isso aumenta as despesas e deixa o produto mais caro”, disse o executivo.

No caso da aviação comercial, o tarifaço “pode desestimular as companhias aéreas a receber os aviões que eles compraram, ou até fazer novas compras”.

Neste ano, segundo Gomes Neto, os impactos da tarifa chegaram a R$ 144 milhões, com a previsão de terminar o ano acumulando R$ 347 milhões. Apenas no terceiro trimestre de 2025 foram R$ 90,7 milhões, sendo cerca de R$ 80 milhões no setor de aviação executiva e R$ 10,68 milhões no de serviços e suporte.

“As peças que a Embraer envia para os EUA, para montagem dos aviões, estão sofrendo pagamento da alíquota e isso deixa o produto mais caro. A aviação comercial fica mais cara com a tarifa e pode desestimular companhia aérea de receber os aviões que compraram e até de fazer novas encomendas”, afirmou Gomes Neto.

No entanto, ele se disse otimista com as negociações entre Brasil e EUA após os encontros entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o mandatário americano.

“A negociação ocorre entre os dois governos, a Embraer não participa diretamente, mas eu diria que está caminhando muito bem”, afirmou o executivo, ao citar o encontro entre os presidentes Lula e Trump em Kuala Lampur (Malásia), em 26 de outubro. “Foi um passo muito importante. Nós estamos muito positivos com esse processo.”

Ele lembra que isso já aconteceu em negociações envolvendo Reino Unido, Japão e Indonésia. “Uma vez ocorrendo acordo bilateral, as chances de avião e suas partes voltarem pra alíquota zero é muito boa”, disse Gomes Neto.

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