FACÇÃO CRIMINOSA

‘Cúpula do PCC enriquece com tráfico internacional’, diz promotor

Por Guilhermo Codazzi e Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Membros do PCC
Membros do PCC

A cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) enrique com o tráfico internacional enquanto seus “soldados” estão nas ruas e sendo presos, entrando e saindo do sistema prisional. Atualmente, a mais temida facção criminosa do país se divide entre o lucro e a presença nas ruas.

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Essa é a avaliação do promotor de justiça Alexandre Castilho (foto abaixo), membro do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão especializado do Ministério Público de São Paulo.

Durante participação no Documento OVALE Cast, uma grande reportagem em formato de podcast, Castilho falou sobre a divisão interna do PCC e os rumos da facção.

“A gente vê duas situações de realidade no PCC. O que a gente chama de massa de manobra, que são esses integrantes do PCC que entram nesse ciclo vicioso prisional, e você tem a cúpula, que efetivamente ganha dinheiro com o tráfico internacional”, afirmou Castilho.

“O PCC hoje é essa diversidade. É o tráfico internacional e as lideranças hoje se encontram escondidas na Bolívia. Algumas lideranças ainda estão aqui no Brasil, mas a maioria se encontra escondida na Bolívia”, completou.

Segundo ele, abaixo das lideranças estão os “soldados”, aqueles que integram o PCC e que foram batizadas na facção criminosa.

“Elas realizam aqui as suas atividades de tráfico de drogas e outros crimes. São as pessoas que acabam presas com mais facilidade, que entram no sistema prisional com mais facilidade e entram nesse ciclo. Porque não conseguem sair desse ciclo. Então, nós temos essas duas realidades de PCC”, explicou Castilho.

Segundo ele, um dos movimentos que o PCC fez atrás da lucratividade foi abandonar o tráfico regional, que é feito por meio das biqueiras, os pontos de venda de drogas nas cidades, e investir no tráfico internacional. Mas a facção precisou recuar dessa decisão.

“Isso causou consequências. Posso exemplificar aqui na região, que foram disputas entre traficantes por ponto de drogas, homicídios, o fato do Comando Vermelho também se interessar pela região. É muito dinâmico. O crime organizado é muito dinâmico. Hoje o PCC já voltou a colocar força aqui no tráfico regional”, afirmou Castilho.

OVALE Cast contou com a participação do editor-chefe de OVALE, Guilhermo Codazzi, e do repórter especial Xandu Alves. O episódio está disponível nos canais de OVALE no Youtube Spotify, além das redes sociais e no site do jornal.

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