CÂMARA DOS DEPUTADOS

Guajajara fica no Ministério e Ricardo Galvão vai assumir Câmara

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Ricardo Galvão vai assumir vaga na Câmara dos Deputados
Ricardo Galvão vai assumir vaga na Câmara dos Deputados

O cientista Ricardo Galvão, atual presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), será o sucessor de Guilherme Boulos (PSOL) na Câmara dos Deputados, depois de o ex-líder sem teto ser nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência.

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Galvão espera uma comunicação formal da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL), de que ela ficará no governo pelo menos até março. A permanência dela no governo Lula já estaria acertada, segundo o jornal O Globo.

A garantia era necessária para que Galvão tenha cerca de seis meses de mandato, sem correr o risco de perder o gabinete em meio a rumores de que ela poderia antecipar a saída para depois da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP-30, em novembro.

Guajajara afirma que ficará na Esplanada até próximo do prazo limite para a desimcompatibilização exigida pela Justiça Eleitoral a quem ocupa cargos na administração pública e deseja concorrer a um novo mandato em outubro do ano que vem.

Galvão é o terceiro suplente da federação do PSOL com a Rede em São Paulo. Foram abertas duas vagas antes, com Sônia Guajajara e Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente.

A posse de Boulos no cargo responsável pela articulação com a sociedade civil, notadamente os movimentos sociais, disponibiliza a terceira cadeira. Com o retorno de qualquer desses ministros para a Câmara, os deputados federais Luciene Cavalcante e Ivan Valente, ambos eleitos pelo PSOL em São Paulo, detêm a preferência antes do presidente do CNPq.

“Estamos com a incerteza de que a ministra irá sair do ministério ou não, algo que até agora não nos foi informado. Se houver a vaga, eu assumirei. Conversei hoje com a ministra Marina Silva e assumirei o mandato até o final de março. Mas a bola está com ela (Guajajara)”, disse Galvão ao Globo.

Em nota, a assessoria da ministra dos Povos Indígenas afirma que a decisão está tomada, independentemente dos rumores, alardeados pelo próprio suplente. "A informação não procede (de que ela iria para a Câmara em novembro). A ministra Sonia Guajajara será candidata à reeleição e sairá no prazo que a legislação eleitoral exige para descompatibilização", diz a nota. A data limite é de seis meses antes do pleito, ou seja, 4 de abril.

Galvão, desse modo, estaria disposto a exercer o mandato com prazo de validade de seis meses, deixar a Câmara e concorrer novamente em 2026. Já o comando do CNPq seria definido em conjunto com a ministra Luciana Santos (PCdoB), engenheira elétrica que já foi vice-governadora de Pernambuco, em uma aliança com Paulo Câmara (PSB), e a prefeita de Olinda.

Ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos, Galvão ganhou projeção nacional em 2019, quando rebateu críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos dados do órgão federal sobre o avanço do desmatamento na Amazônia. Ele reagiu em público, afirmando que o trabalho era técnico, auditável e produzido por servidores de carreira, episódio que levou à sua saída do cargo.

* Com informações do jornal O Globo

Comentários

2 Comentários

  • Joel de oliveira 23/10/2025
    Muito bom e do Vale é de S.Jose vamos torcer pra ele fazer um bom mandato durante o tempo que ficar lá.
  • Jorge Luiz dos Reis 22/10/2025
    Nada tão ruim , que não possa piorar !