A Polícia Civil de São José dos Campos aguarda os resultados dos exames toxicológico e necroscópico para determinar a causa da morte de Adriana Silva do Prado Magalhães, de 51 anos, que morreu dias depois de passar mal ao comer uma pizza com familiares. O caso, registrado como morte suspeita, é investigado pela equipe do delegado Alexandre Bologna, que conduz o inquérito no 3º Distrito Policial.
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Segundo Bologna, os laudos devem indicar se a vítima sofreu intoxicação alimentar ou envenenamento.
“Estamos aguardando o resultado dos exames, que devem apontar se a morte decorreu de uma intoxicação alimentar ou de um possível envenenamento. A partir disso, poderemos definir se o caso migrará para uma investigação de homicídio”, explicou o delegado.
O delegado também confirmou que a mulher que estava hospedada na casa da vítima será intimada a depor.
“Ela será ouvida nos próximos dias, mas até o momento é tratada apenas como testemunha”, acrescentou Bologna.
O caso.
De acordo com o boletim de ocorrência, o filho de Adriana pediu uma pizza para entrega em casa, onde estavam ele, a mãe e uma amiga da família, que estava hospedada na residência. No dia seguinte, Adriana começou a apresentar dores e vômitos, mas recusou atendimento médico.
Dois dias depois, o quadro se agravou e ela precisou retornar ao hospital, onde morreu durante o atendimento. O filho e a amiga, que também comeram a pizza, não apresentaram sintomas.
Divergências.
A reportagem apurou que há divergências entre o relato do filho e as primeiras informações divulgadas pela polícia. O jovem de 22 anos afirmou que o caso começou na quarta-feira (15), quando pediram pizza de uma antiga pizzaria do bairro — cujo nome ele preferiu não revelar — e que apenas a mãe passou mal.
Ele relatou ainda que, após receber alta médica, Adriana voltou a passar mal no sábado (18) e foi levada novamente ao hospital, mas não resistiu.
A amiga da família, moradora de Caraguatatuba, deve prestar depoimento nos próximos dias. Segundo o delegado, a polícia busca entender a relação entre ela e Adriana, além de esclarecer se há ligação entre o alimento consumido e a causa da morte.
Próximos passos.
Os laudos elaborados pelo Instituto Médico Legal devem ser concluídos nos próximos dias e são considerados fundamentais para esclarecer o caso.
“Somente os exames periciais poderão confirmar se houve ingestão de alguma substância tóxica”, reforçou o delegado Bologna.
A morte repentina de Adriana causou comoção entre vizinhos e familiares no bairro Jardim Morumbi, onde ela morava. O corpo foi sepultado no Cemitério Colônia Paraíso, no domingo (19).
A Polícia Civil segue investigando o caso com todas as hipóteses em aberto, incluindo a possibilidade de envenenamento intencional.