DECISÃO

Vaga de Ricardo Galvão na Câmara depende de ministra de Lula

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Galvão preside dirigiu o Inpe entre 2016 e 2019
Galvão preside dirigiu o Inpe entre 2016 e 2019

A vaga do físico, engenheiro e cientista Ricardo Galvão na Câmara dos Deputados depende da decisão da ministra Sônia Guajajara (PSOL), que pode deixar o Ministério dos Povos Indígenas após a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro.

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Galvão é o primeiro nome na linha de sucessão do partido Rede Sustentabilidade para a vaga do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Rede e PSOL formaram uma federação nas eleições de 2022, sendo que dois suplentes já assumiram a vaga na Câmara Federal: Luciene Cavalcante (PSOL) e Ivan Valente (PSOL) -- ambos entraram em fevereiro de 2023, nas vagas de Marina Silva (REDE) e Sônia Guajajara (PSOL), que se tornaram ministras do governo Lula.

Caso Sônia decida deixar o Ministério após a COP 30, a vaga de Boulos deixa de existir, impossibilitando a ida de Galvão para a Câmara dos Deputados.

Galvão confirmou a OVALE que pretende assumir a vaga na Câmara, desde que a ministra não deixe o Ministério.

“Certamente, surgindo a oportunidade, assumirei. Mas há indicações de que Sônia Guajajara deixe o Ministério após a COP30 e retorne ao Congresso, tirando a vaga deixada por Boulos”, afirmou o cientista.

Galvão preside atualmente o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e dirigiu o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre 2016 e 2019, quando ficou nacionalmente conhecido por rebater críticas feitas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Inpe.

Procurada pela reportagem, a Rede Sustentabilidade informou que a decisão em assumir ou não é de Galvão. Para isso a vaga precisa estar vacante, o que depende da decisão que tomará a ministra Sônia Guajajara.

Procurada pela reportagem, a Câmara dos Deputados informou que a posse dos suplentes segue a mesma regra de posse dos deputados titulares. Os convocados têm prazo de 30 dias para apresentar documentação à Câmara, com prazo prorrogável por igual período a pedido do interessado.

Se o suplente convocado se declarar impossibilitado de assumir o exercício do mandato ou se não apresentar a documentação no prazo estipulado, será convocado o próximo suplente da lista.

Representante.

Na eleição de 2022, Galvão obteve 40.365 votos e ficou como terceiro suplente da federação Rede-PSOL, atrás de Luciene Cavalcante (PSOL) e Ivan Valente (PSOL), que já assumiram como deputado federal.

Se ele assumir a vaga, a RMVale volta a ter um representante no parlamento federal. Na eleição de 2022, após dois mandatos como deputado federal, o ex-prefeito de São José dos Campos Eduardo Cury (na época no PSDB e hoje no PL) não conseguiu se reeleger para a Câmara, em Brasília.

Em abril de 2024, a ex-vereadora e candidata a prefeita de Taubaté, Loreny Caetano (Solidariedade), tomou posse temporariamente como deputada federal. Suplente do partido, ela assumiu no lugar de Paulinho da Força (Solidariedade), que deixou a vaga de deputado por motivo de saúde.

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