O CEO e presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que o aumento da demanda por aeronaves comerciais pode abrir espaço para outras empresas, desafiando a liderança da francesa Airbus e da americana Boeing no segmento chamado de wide body, aviões com a fuselagem mais larga.
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As declarações foram dadas em entrevista ao jornal inglês Financial Times, na sede da empresa em São José dos Campos.
“Quando olho as projeções para os próximos 20 anos, vemos uma oportunidade para 40 mil aeronaves nesse segmento. É muita coisa. Acho que há espaço para mais de dois fabricantes, certo? Talvez três ou quatro”, disse ele ao jornal inglês.
Gomes Neto afirmou que a empresa estuda opções para a próxima geração de jatos comerciais e executivos, mas afirmou que uma decisão só deve ocorrer na próxima década, já que a prioridade atual é vender os modelos existentes.
Ele afirmou ainda que alguns clientes da Embraer “dizem que gostariam de ter mais opções”, mas ponderou que há uma “grande distância entre dizer algo e comprar”.
O CEO da fabricante brasileira afirmou que busca expandir as vendas externas de produtos militares, como o KC-390, e persegue novas oportunidades para os jatos comerciais, como na Índia.
Gomes Neto disse ainda que a empresa trabalha em planos para montar o modelo militar nos Estados Unidos, como parte de um projeto de vencer a licitação da Força Aérea Americana, que defende a construção dos aparelhos militares em território americano.
Sobre o Eve, o ‘carro elétrico’ da subsidiária da empresa, ele disse que espera a operação comercial até o fim de 2027. A empresa fabricante dos chamados eVTOLs é uma das principais apostas de crescimento da Embraer.
* Com informações do site InfoMoney