O prefeito Sérgio Victor (Novo) afirmou que avalia "alternativas que possam conferir melhor aproveitamento da área" que seria destinada ao Parque Tecnológico de Taubaté. A informação foi repassada à Câmara, em resposta a requerimento do vereador Bilili de Angelis (PP).
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Sérgio afirmou que a Prefeitura "tem acompanhado o cenário de restrições financeiras que inviabiliza, no momento, a implantação direta do Parque Tecnológico nos moldes inicialmente previstos", e que entre as alternativas avaliadas está "a possibilidade de destinação a empreendimentos de grande porte que tragam investimentos, empregos e fortalecimento econômico ao município".
"A administração municipal reconhece a importância do projeto em seu conceito original, mas, diante da indisponibilidade de recursos, tem cogitado estudos para eventual readequação da finalidade da área, priorizando iniciativas que possam gerar retorno econômico e social efetivo. Qualquer decisão futura será tomada com responsabilidade, buscando sempre atender ao interesse público e respeitando a vocação estratégica da região", acrescentou o prefeito.
Sérgio ressaltou que a implantação do Parque Tecnológico nos moldes previstos inicialmente "demanda vultosos investimentos públicos e privados, o que diante do atual cenário de restrições orçamentárias, tem inviabilizado o início das obras", mas que "o município não perdeu o foco no fortalecimento do ambiente de inovações e tecnologia".
"Nesse sentido, o HITT (Hub de Inovação e Tecnologia de Taubaté) está em fase de estruturação, com o objetivo de oferecer um ecossistema mais próximo ao conceito do Parque Tecnológico, possibilitando a integração entre setor produtivo, academia e governo. Dessa forma, ainda que não haja a implantação física do Parque no momento, o município segue avançando na promoção de um ambiente voltado ao desenvolvimento tecnológico e à inovação", completou o prefeito.
Parque.
O projeto do Parque Tecnológico, que foi anunciado pelo então prefeito Ortiz Junior (Cidadania) em 2013, praticamente não andou até o fim daquele governo, em 2020. Entre 2014 e 2016, o espaço, que tem 731 mil metros quadrados e fica no Una, recebeu obras de infraestrutura, que custaram R$ 3,98 milhões, sendo R$ 300 mil da Prefeitura e o restante de empresas, como contrapartida por doações de área em outros pontos da cidade.
Em junho de 2016, Ortiz chegou a fazer a inauguração do espaço, mas nos anos seguintes a área foi tomada por mato e não recebeu nenhuma construção - nenhuma empresa se instalou no local; a área, que seria dividida em 472 lotes, sequer recebeu estrutura de água e esgoto.
Em maio de 2022, o governo do então prefeito José Saud (PP) apresentou um 'plano B' para a área, que consistia em desmembrar o espaço e ceder os lotes menores para empresas que desejassem se instalar no município. Mas isso também não foi feito até o fim da gestão anterior, em dezembro de 2024.