O prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias (PSD), disse que é preciso praticar uma “tarifa justa” do transporte coletivo na cidade com os novos ônibus elétricos, que foram apresentados nesta quarta-feira (1º).
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Os cinco primeiros veículos começarão a operar em outubro, em linhas na região sul da cidade. Outros 15 ônibus chegarão até o final de outubro. A previsão é que a cidade conte com 400 ônibus elétricos até setembro de 2026, substituindo toda a frota atual de carros movidos a diesel.
Os ônibus são fornecidos pela empresa Green Energy, que venceu a licitação em contrato de R$ 2,7 bilhões por 15 anos. A empresa vai alugar os veículos para a Urbam (Urbanizadora Municipal), empresa ligada à Prefeitura de São José. A Green Energy também será responsável pela manutenção preventiva dos ônibus durante a vigência do contrato.
Sobre a tarifa, Anderson não comentou sobre o preço, mas deixou pistas de que o valor pode ser mantido. Em 11 de fevereiro deste ano, o preço da passagem dos ônibus municipais de São José subiu de R$ 5 para R$ 6.
“Aqui a gente tem uma tarifa justa, com um serviço de qualidade. As pessoas, às vezes, não se importam de pagar um valor desde que ela tenha um serviço com muita qualidade. Ninguém se importa em pagar por aquilo que é bom. Hoje a gente tem um sistema que é caro e um atendimento que não é bom. É um atendimento que deixa a desejar. Então, essa é a nossa mudança de todo esse formato”, afirmou.
“Você pode ter um carro simples, mas pode ter um carro de luxo. Nós estamos falando aqui de um carro de luxo para poder realmente transportar todas as pessoas. Um modelo que é idêntico para todas as regiões, para todos os bairros da cidade”, disse Anderson.
Licitações.
Com a chegada dos primeiros ônibus elétricos a São José, a Prefeitura vai lançar três licitações para a operação do novo sistema de transporte. Serão contratadas empresas para gerir os pontos de carregamento dos veículos elétricos, para operar os ônibus e para administrar a cobrança da tarifa e as finanças do novo modelo.
“Da parte de construção dos pátios, vai ser por uma concessão, com fornecimento de energia. Então, a gente vai fazer a concessão para ter esses espaços, esses oito espaços, onde pode ser explorado pela iniciativa privada, garantindo o abastecimento e o carregamento dos ônibus, onde a prefeitura vai comprar essa energia. Essa é a parte do subsídio do município, a energia desses veículos será fornecida e custeada pelo município”, disse Anderson.
“Depois no começo do ano a gente deve disparar o processo de operação do sistema, que é toda a parte de motorista, cobradores, manutenção, borracheiro, funilaria, enfim, toda parte de operação do sistema de transporte público, que venha com duas garagens dentro dessa operação”, afirmou o prefeito.
Por fim, será feita a contratação para a “conta mobilidade”, a parte financeira do novo sistema.
“Hoje tem o Consórcio 123 que já é gerido pelas próprias empresas, mas também com a prefeitura, com a Urbam fazendo essa gestão, que já é a parte de transição de toda essa parte financeira, de venda de passagem, da parte tarifária. Então, a gente tem todos esses processos que têm de estar concluídos até setembro do ano que vem”, completou Anderson.