Em nota oficial após o cancelamento do evento neste próximo final de semana, a Flim (Festa Litero Musical) de São José dos Campos defendeu seu legado desde 2014 e disse que o propósito é que a festa "siga viva".
Programado para começar nesta sexta-feira (19), o evento foi adiado após o veto do prefeito Anderson Farias (PSD) à participação da escritora e jornalista Milly Lacombe, que provocou uma onde de desistências de escritores e convidados.
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"Nosso propósito é que a festa siga viva, sustentada por sua história, pelo compromisso com a cidade e, sobretudo, por seu legado como instrumento de transformação social, incentivo à leitura e valorização da cultura", afirmou a Flim, em nora pública divulgadas nas redes sociais.
O cancelamento da festa foi anunciado nessa quarta-feira (17) pela Afac (Associação para o Fomento da Arte e da Cultura), em conjunto com a Prefeitura de São José dos Campos, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo e parceiros. As novas datas ainda não foram divulgadas.
Desde o veto, ao menos 16 dos 20 autores convidados desistiram de participar, afetando 100% das sete mesas previstas. Entre os nomes que cancelaram presença estão Xico Sá, Luiz Silva (Cuti), Helena Silvestre, Maria Carolina Casati, Christian Dunker, Micheliny Verunschk e a atriz e cantora Marisa Orth.
Na nota pública, a Flim defendeu seu legado e disse que já envolveu 390 escritores desde o seu início, em 2014, entre autores nacionais e internacionais. Foram realizadas 73 mesas literárias, 45 shows e 430 atividades nesse período. Mais de 282 mil pessoas foram impactadas pela festa.
"Nosso compromisso é com a continuidade da Flim como um espaço plural, acessível e comprometido com os princípios que a originaram: o respeito, a escuta e o encontro", disse a organização.
No final da nota, sem citar o veto a Milly e a onda de cancelamentos, a Flim disse que a "literatura nos ensina que, mesmo em tempos desafiadores, é possível seguir em frente com coragem, sensibilidade e esperança".