Metalúrgicos da Embraer suspenderam a greve iniciada na manhã de quarta-feira (17) em reinvindicação a reajuste salarial e benefícios.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, trabalhadores se reuniram na sede administrativa da empresa, na unidade Faria Lima, em São José dos Campos, na manhã desta quinta-feira (18), em uma tentativa de mobilização que foi reprimida pela presença da Polícia Militar.
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A Embraer destaca que a unidade não foi paralisada durante a greve e que "as operações funcionam normalmente". Disse ainda que as negociações ocorrem no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que representa o setor aeronáutico (veja nota da empresa abaixo).
Herbert Claros, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, afirma que a Embraer solicitou apoio policial e que eles foram surpreendidos por seis viaturas e uma equipe fortemente armada, que intimidou os trabalhadores. Por essa razão, a greve foi suspensa e uma nova proposta foi votada em assembleia.
A proposta inclui reajuste salarial de 9,5%, vale-compras de R$ 1.000 e assinatura da convenção coletiva sem retirada de direitos. O diretor reforça que o estado de mobilização continua. "A greve não foi cancelada, ela foi suspensa", diz ele.
Herbert também comentou que a decisão foi tomada para evitar conflitos, mas a paralisação pode voltar a qualquer momento. "Como não dá para resistir com força policial, a gente preferiu suspender a greve, votamos uma contraproposta. Se a Fiesp e a Embraer não alterarem a proposta, vamos voltar de novo aqui na Embraer e paralisar tudo de novo. A greve não foi cancelada, ela foi suspensa", completou o diretor.
Outro lado.
Em nota, a Embraer disse que as fábricas operam normalmente em todo o Brasil. "A Embraer respeita todos os direitos dos colaboradores e estranhou a ação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ontem, na unidade Ozires Silva, que visa cercear o direito constitucional de ir e vir, tendo em vista que as negociações da data-base estão em andamento junto à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)".
"A Fiesp, que representa o grupo patronal do setor aeronáutico nas negociações referente à data-base 2025, apresentou no dia 16 de setembro, proposta de reajuste salarial de 5,5% (valor acima da inflação do período) e aumento de 12,5% do vale alimentação para colaboradores com salários de até R$ 11 mil", informou a fabricante.
"As negociações no âmbito da Fiesp continuam em andamento com todos os sindicatos que representam os colaboradores no Estado de São Paulo", completou.
