Um homem de 19 anos foi preso em flagrante por latrocínio (roubo seguido de morte), pelo assassinato do motorista de aplicativo Carlos Eduardo de Faria César, de 23 anos, de São José dos Campos. Ele foi encontrado morto na noite de domingo (7), em Jacareí, após estar desaparecido desde a sexta-feira (5).
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O corpo do motorista foi encontrado pelas equipes da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) na estrada do Pagador Andrade, que dá acesso à represa do Jaguari, em Jacareí. O local do crime fica a cerca de 8 quilômetros da rodovia Presidente Dutra.
O veículo que Carlos Eduardo conduzia, um VW Polo preto, placa FEA-2856, foi encontrado na zona sul de São José dos Campos, no sábado (6), após o desaparecimento do motorista ser comunicado às autoridades. A perícia foi acionada e colheu as impressões digitais.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), os dois suspeitos pela morte do motorista foram identificados por policiais civis da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) do Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), em São José.
Após a identificação, os policiais realizaram diligências para a detenção de ambos. O suspeito de 19 anos, Clayton Luiz, foi localizado e, durante a abordagem, confessou o delito e indicou a localização do corpo da vítima, em Jacareí, segundo a SSP. O homem foi encaminhado à CPJ (Central de Polícia Judiciária) da cidade, onde permaneceu à disposição da Justiça. Seu comparsa teve a prisão decretada, mas até o momento permence foragido.
Em nota anterior, a SSP havia informado a prisão de dois suspeitos. O comunicado foi corrigido posteriormente.
Passagem criminal.
Um dos suspeitos de matar motorista de aplicativo já era procurado pela Justiça pelo crime de furto qualificado. Jonathan Eduardo, de 24 anos, tem mandado de prisão aberto expedido pela Vara de Execuções Criminais de São José dos Campos, datado de 17 de julho de 2025. Ele foi condenado a três anos em regime aberto. Jonathan segue foragido.
Informações do boletim de ocorrência apontam que, no dia do crime, Jonathan fez um contato com um conhecido para que ele recebesse na conta dele um valor via Pix, que seria de R$ 600. O valor seria depois devolvido a Jonathan.
O homem que recebeu o dinheiro na conta disse ao policiais que não sabia que o dinheiro recebido na conta era proveniente do crime.
Durante as investigações, na manhã de domingo (7), a noiva de Jonathan foi identificada. Durante a tarde, ela se apresentou espontaneamente na Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) para prestar esclarecimentos, uma vez que disse ter ficado sabendo que era procurada.
Ela relatou aos investigadores que o noivo havia saído na madrugada de sábado (6) com amigo e colega de trabalho, que já está preso. Ela contou ainda que o noivo voltou às 5h da madrugada e, devido ao horário avançado, ficou brava e o questionou, tendo ele falado coisas desconexas, parecendo que não queria contar a verdade.
A noiva ainda disse que “Jonathan saiu com a justificativa de que iria cobrar uma dívida e que receberia um veículo para o pagamento, não sabendo dizer a origem dessa dívida”.
A mulher também afirmou que saiu à noite para um parque e lá chorou, porque o noivo parecia mentir. Depois foram para um hotel e, durante a madrugada de domingo, o noivo teria ligado para o comparsa e o questionou por que ele “fez isso?”.
Na tarde de domingo, o casal foi para um churrasco de família e, por volta de 16h, a mãe da noiva disse que a polícia estava atrás dela. Neste momento, Jonathan levantou-se, não se despediu de ninguém e foi embora.
Reconhecimento.
Carlos Eduardo foi morto porque teria reconhecido seu assassino. De acordo com as informações, ele foi alvejado com três tiros, um na nuca e dois nas axilas. Os criminosos teriam saído para efetuar furtos e roubos na noite de sexta-feira (5), porém, devido a questões ainda não esclarecidas, os intentos deram errado.
A partir deste momento, os criminosos decidiram solicitar uma corrida de aplicativo e entrando no carro. Em dado momento, anunciaram o assalto. Um deles, então, teria sido reconhecido por Carlos Eduardo.
A partir do momento em que um deles foi reconhecido, os criminosos decidiram matar o jovem. Eles rumaram até a estrada do Pagador Andrade, na zona rural de Jacareí. Durante o trajeto, eles fizeram saques na conta Pix do jovem e chegando ao terreno, onde Carlos Eduardo foi morto.
O motorista desembarcou do carro e se ajoelhou, e na sequência foi alvejado com três tiros, um na nuca (projétil ficou alojado na testa) e dois nas axilas. Os tiros foram fatais. As câmaras de monitoramento de Jacareí registram a passagem do veículo pela estrada do Pagador Andrade e também por um ponto em São José dos Campos.
Segundo o boletim, o pai do jovem informou que o filho não retornou para casa e deixou de responder mensagens desde a noite de sexta-feira. Ele costuma enviar a localização à família, o que não ocorreu desta vez. Na última vez em que foi visto, vestia calça preta e blusa verde.
Errata: após a SSP corrigir a nota ofocial de que apenas um suspeito foi preso pela morte de Carlos Eduardo, a matéria foi atualizada.